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Scarlett Johansson repudia imitação de voz pelo ChatGPT
Ciência e Tecnologia

Scarlett Johansson repudia imitação de voz pelo ChatGPT

Atriz revela que foi procurada pela empresa, mas recusou ceder os direitos de sua imagem

Pedro Siqueira
Pedro Siqueira
21.mai.24 às 18h47
Atualizado há 11 meses
Scarlett Johansson repudia imitação de voz pelo ChatGPT
(Universal/Divulgação)

Após a OpenAI anunciar a suspensão de um formato de voz bem parecido com o da atriz Scarlett Johansson para o ChatGPT, a atriz do filme Ela (2013) se pronunciou sobre o caso, revelando mais bastidores do imbróglio com a inteligência artificial.

Em comunicado à imprensa, Johansson diz que foi procurada pela OpenAI para uma parceria em setembro passado, mas recusou o convite. A estrela de Vingadores: Ultimato (2019) só teria descoberto que a empresa lançou, mesmo assim, uma voz bem parecida com a dela para a nova versão do chatbot, meses depois.

"Quando ouvi o material lançado, fiquei chocada, irritada e incrédula que eles buscaram uma voz tão parecida com a minha, que nem meus amigos mais próximos sabiam a diferença. Eles até insinuaram que a semelhança era intencional, como uma referência ao filme Ela, no qual eu dei voz ao sistema de chat Samantha, que desenvolve uma relação íntima com um humano."

A atriz diz que foi novamente procurada pela OpenAI antes do lançamento da voz “Sky”, mas que a empresa teria colocado a ferramenta no ar sem consulta nem autorização. Ela conclui afirmando que exigiu, junto a advogados, explicações da empresa sobre a criação do modelo de voz, que foi prontamente excluído do ChatGPT.

"Em uma época em que nos preocupamos com deepfakes e a proteção de nossa imagem, nosso trabalho e nossa identidade, acredito que essas questões exigem clareza absoluta. Anseio pela resolução do assunto de forma transparente, e a criação de leis apropriadas para garantir a defesa dos direitos individuais."

O GPT-4o foi lançado oficialmente na semana passada, trazendo como grande novidade justamente o uso de vozes para naturalizar ainda mais as “conversas” entre o usuário e a inteligência artificial.

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Fonte: BBC

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