A série live-action de The Last of Us chegou ao segundo episódio no último domingo (22), que teve os infectados como grande destaque. Seja para bem ou para mal.
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Além de finalmente introduzir um dos tipos mais perigosos das criaturas, a produção encontrou espaço para expandir a lore da franquia (mesmo que pouco) e ainda chocou com a perda de uma personagem importante.
[Atenção! Spoilers do 2º episódio de The Last of Us logo abaixo]
O episódio começa com uma volta inesperada no tempo, mostrando o ano de 2003, antes da epidemia. A série revela que tudo começou na Indonésia, após um incidente em uma fábrica, com uma sequência muito bem construída que aborda o funcionamento do fungo.
Ao jogar The Last of Us, dificilmente paramos para pensar em como o Cordyceps cresce de forma agressiva dentro do corpo humano. De forma inteligente, a produção explora essa ideia pouco aproveitada no game. Em uma das cenas mais grotescas até o momento (no bom sentido), uma especialista analisa um corpo infectado. Com um bisturi, ela faz um corte onde há indícios de infecção, o que faz com que fungos saiam para fora. E, ao analisar a boca do cadáver, há vermes vivos. É uma cena angustiante, que coloca o espectador cara a cara com esse horror.
Além de mostrar traços da origem do Cordyceps, a sequência também revela que a própria especialista sugeriu que a cidade fosse bombardeada para conter a propagação da nova ameaça – algo que sabemos que aconteceu, mas não impediu o início do fim do mundo.
Não dá para negar a vista
É no segundo episódio que mais mudanças na história começam a aparecer, mas ainda com uma ideia similar ao piloto: pequenas alterações levam aos mesmos caminhos.
Anna Torv rouba a cena como Tess, que serve como elo entre Joel e Ellie, e protagoniza os momentos mais importantes do capítulo. O trio avança pela parte externa da quarentena de Boston em direção ao Capitólio, onde um grupo dos Vagalumes está à espera de Ellie.
Uma surpresa é a cena que apresenta referências a uma área do jogo: o lobby de hotel em Pittsburgh, o que só apareceria em uma parte mais avançada da história. Fica a dúvida se o cenário apareceu mais cedo por ter sido cortado posteriormente – o que só descobriremos nos próximos episódios.

Outro momento inédito que merece destaque é a primeira vez que Ellie e Joel ficam sozinhos, sem Tess para mediar a conversa. O desconforto dos personagens é quase palpável, e eles se alfinetam em um diálogo bem escrito, intensificado pelas excelentes atuações de Pedro Pascal e Bella Ramsey.
É neste momento que os infectados voltam a ser o foco do episódio. Durante a passagem do trio em um museu, os Estaladores (os famosos “Clickers”) são introduzidos em uma sequência com uma boa atmosfera de suspense, quebrada quando a ação toma conta. Gravada com câmera na mão, o que intensifica o sentimento de perigo, a sequência mostra os personagens fugindo e enfrentando as criaturas, cujas aparências são nojentas e barulhos são aterrorizantes.
Salve quem você pode salvar
A sequência final do episódio leva à despedida iminente de Tess. A contrabandista é mordida por um dos Estaladores do museu e protagoniza o momento mais impactante não apenas do episódio, mas de toda a série até agora. Em vez de agentes da quarentena de Boston, são os infectados que invadem o Capitólio enquanto Tess tenta ganhar tempo para Joel e Ellie escaparem, o que resulta em uma cena angustiante.
O episódio acaba de forma extremamente marcante, com um roteiro mais elaborado que o piloto e sob a direção do próprio Neil Druckmann, cocriador da franquia nos videogames. Não pude deixar de pensar que as mudanças e o tratamento da morte de Tess eram coisas que gostaria de ter visto com Sarah no primeiro episódio – mas definitivamente senti uma evolução de ideias entre os capítulos e me sinto mais empolgada do que nunca pelo que está por vir.
The Last of Us ganha novos episódios aos domingos na HBO e HBO Max.