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Peacemaker assombra e emociona em sexto episódio surpreendente
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Peacemaker assombra e emociona em sexto episódio surpreendente

Novo capítulo da série da DC já chegou à HBO Max

Gabriel Avila
Gabriel Avila
03.fev.22 às 11h00
Atualizado há mais de 3 anos
Peacemaker assombra e emociona em sexto episódio surpreendente

É fato que Peacemaker causou uma ótima primeira impressão graças à combinação de humor absurdo com ação de primeira. Porém, os caminhos do Pacificador e seus aliados fizeram com que a comédia verborrágica desse lugar a um suspense crescente graças à urgência de uma invasão alienígena misteriosa.

Essa tensão chegou ao ápice no sexto capítulo da temporada, um verdadeiro festival de reviravoltas que elevou a tensão e preparou o caminho para um final explosivo.

[Cuidado com spoilers do sexto episódio de Peacemaker]

A abertura do sexto mostra o desfecho do grande gancho deixado pela descoberta de Adebayo (Danielle Brooks) de que seu chefe Murn (Chukwudi Iwuji) é uma das Borboletas – nome dado aos alienígenas que estão invadindo a Terra. Ao invés de matar ou transformar a jovem, o extraterrestre pede trégua e uma chance de contar a verdade.

A situação fica ainda mais confusa com a chegada de Harcourt (Jennifer Holland), que não demonstra nenhuma surpresa quanto à verdadeira natureza de Murn. Isso porque ela já havia descoberto a verdade após o chefe sobreviver quase sem ferimentos a uma explosão durante o ataque à casa do senador Goff no terceiro episódio.

Convencida pela colega de que o alienígena não fará mal, Adebayo aceita ouvir o que ele tem a dizer. Murn por sua vez explica que os extraterrestres vieram para a Terra porque seu planeta natal começou a morrer. Essa relação começou pacífica, mas com o tempo a rainha da raça e alguns outros decidiram tomar conta do planeta invadindo corpos de humanos em posição de poder.

Essa explicação dá a Chukwudi Iwuji um dos momentos mais emocionantes da temporada, em que o ator exprime toda a dor de uma Borboleta arrependida por tomar o corpo de um humano. Em uma fala triste sobre tirar a vida de um humano, ele exprime toda a verdade necessária para que Adebayo e o público aceitem que se trata de um alienígena que não tem o menor interesse na dominação mundial.

Durante a conversa é revelado que a rainha da espécie extraterrestre é aquela que havia tomado conta do senador Goff. Essa novidade põe em perspectiva o tamanho da responsabilidade do Pacificador (John Cena), que manteve a criatura viva em segredo. Não que isso importe muito para o justiceiro no presente, que surge no episódio dando uma palestra na escola da filha de Jamil (Rizwan Manji), o faxineiro do primeiro episódio.

Chegando em casa, ele recebe a visita do Vigilante (Freddie Stroma), com quem faz a surpreendente descoberta de que a Borboleta prisioneira é capaz de se comunicar. O que começa com uma tentativa da dupla de retirar informações do alien logo descamba para um momento de análise do protagonista. Mesmo venerando o Pacificador, Adrian faz uma observação afiada sobre como o herói se isola, preferindo a companhia de criaturas que não conseguem responder ao seu jeito explosivo e incômodo.

Esse momento de descoberta e reflexão é interrompido pela chegada da polícia. Enquanto os “11th Street Kids” caçavam os ETs, a policial Sophie Song (Annie Chang) conseguiu a liberação de August Smith (Robert Patrick) e partiu para cima do verdadeiro suspeito. Cercados por um grande esquadrão, Pacificador e Vigilante tentam fugir pela mata que cerca o trailer com a rainha das Borboletas a tiracolo.

É claro que o rapaz cai por cima do vidro, partindo o recipiente e libertando a rainha dos alienígenas. Em busca de uma nova hospedeira, a criatura acaba invadindo justamente a agente Song, que imediatamente perde o interesse nos mascarados para colocar em ação um outro plano. Desinteresse que não significa a liberdade da dupla, que só consegue escapar porque o misterioso capitão Locke mata alguns dos policiais a sangue frio.

A retirada leva os heróis a um tenso reencontro com o resto da equipe em uma reunião que expôs tensões e aumentou ainda mais a desconfiança interna. Com a clara sensação de que todos estão escondendo algo, o Pacificador conta ao time o que houve e descobre que a próxima etapa da missão será o assassinato de uma vaca – animal que é fonte do material que alimenta os alienígenas e cuja morte deve causar a extinção dos invasores.

Esse momento de crise mostra o grande trabalho do elenco. Além do claro entrosamento que já haviam demonstrado nos momentos de comédia, os atores comunicam com expressões e olhares várias camadas de sentimentos que afloram por ali. Uma vitória especial para John Cena, que transmite toda a agonia de seu personagem em ser enganado na medida, sem cair em exageros.

No controle da agente Song, a rainha das Borboletas convoca um exército de alienígenas que chega até ela nas naves espaciais mostradas rapidamente no segundo episódio. Essa grande tropa invade a prisão e se apossa de todos os humanos do local, reunindo um time vasto que vai dos policiais aos criminosos. O horror desse momento é traduzido com capricho por James Gunn, que faz homenagem ao clássico O Iluminado para ilustrar o horror do que vem a seguir.

Em corpos humanos, os alienígenas convocam uma coletiva de imprensa para anunciar que o Pacificador é um homem procurado pela morte dos policiais. As borboletas utilizam o misterioso diário do personagem como “prova” de que ele é insano, uma questão que surpreende o próprio justiceiro, que negou possuir o objeto. Assim, ficou no ar a dúvida se ele estava mentindo ou se Amanda Waller mandou plantar provas falsas contra Chris.

Chris, que finalmente ganhou o direito de ser chamado assim por Harcourt em uma conversa que escancara a proximidade dos dois. Após desabafar para a colega que não quer mais matar pessoas para ganhar a vida, o Pacificador é deixado sozinho em mais um momento de introspecção e tristeza.

Essa melancolia da solidão do protagonista é intercalada com a tensão do ressurgimento do Dragão Branco. Após ser libertado da prisão, August Smith afirma que vai matar o próprio filho, promessa começa a ser cumprida nos minutos finais do episódio. Em um dos momentos mais sinistros da série, ele volta a vestir o uniforme coma a ajuda de aliados supremacistas que vestem capuzes brancos.

Os créditos começam a rolar no ápice de tensão que a série já chegou. O episódio finalmente uniu enredos que corriam em paralelo, usando reviravoltas para conectar a caça do Pacificador às borboletas com a polícia e o pai vilão do protagonista. Além da promessa de uma guerra total entre alienígenas, humanos e racistas, a série se despede com um presságio sombrio sobre o destino de Murn.

Considerando que a missão do grupo é matar as Borboletas de fome, é justo acreditar que ele está partindo em uma jornada suicida com o objetivo de salvar o mundo. Uma tarefa que faz lembrar o emocionante monólogo do personagem no início do episódio, especialmente após descobrir com a rainha que os alienígenas têm grande dificuldade em expressar coisas tão simples como um sorriso.

Chega a ser surpreendente que uma série que começou com piadas sobre o Aquaman manter relações sexuais com peixes seja capaz de emocionar com lágrimas de um extraterrestre.

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