Bohemian Rhapsody, a cinebiografia do Queen, arrecadou quase US$ 1 bilhão com um longa que se afastou de todas as polêmicas e não mostrou cenas explícitas de sexo LGBT+ ou Freddie Mercury usando drogas. Os executivos da Paramount Pictures querem repetir o feito financeiro com Rocketman, a cinebiografia do britânico Elton John, e para isso pretendem amaciar a vida do astro que teve uma vida regada a loucuras e opioides. De acordo com informações do jornal britânico The Guardian, os produtores do longa estão ativamente pressionando o diretor Dexter Fletcher para cortar cenas que supostamente mostrariam John pelado após uma transa.
A cena de cerca de 40 segundos mostraria Elton e um amante deitados na cama com as nádegas de fora, sem nenhuma menção ou alusão ao ato sexual em si. Os executivos, entretanto, temem que o conteúdo afaste espectadores e possivelmente traga uma classificação indicativa maior do que a prevista para 13 anos no Brasil e nos Estados Unidos.
A polêmica em relação aos cortes estourou na imprensa britânica pois John foi bastante colaborativo com o longa e deu carta branca para os realizadores mostrarem o que quisessem — sem qualquer limitação ou classificação indicativa. O mesmo não aconteceu com Bohemian Rhapsody, que teve uma supervisão próxima do Queen e várias ideias foram riscadas do papel — entre elas um filme mais adulto e combativo feito por Sacha Baron Cohen.
Taron Egerton interpreta Elton John no filme que ainda conta com Jamie Bell, Richard Madden, Gemma Jones e Bryce Dallas Howard no elenco principal. Dexter Flecher (Voando Alto) assume a direção do longa, que tem roteiro de Lee Hall, de Cavalo de Guerra.
Rocketman tem estreia marcada para 30 de maio de 2019, no Brasil. Ao mesmo tempo, Elton John realiza a Goodbye Yellow Brick Tour, sua turnê de despedida, que vai contar com mais de 300 shows ao redor do mundo entre 2019 e 2021.