Descrito como o “controle pro” do PlayStation 5, o DualSense Edge é um periférico com recursos customizáveis, que chega com a ideia de ajudar os jogadores a melhorarem o desempenho. Só que, infelizmente, a um preço bem salgado.
O Edge é como uma versão personalizável do DualSense padrão, que oferece mais conforto para as mãos, funções de feedback e botões extras – algo similar à proposta do controle Elite da marca rival Xbox.
Estou jogando com o acessório há alguns dias e testei games de diferentes gêneros e estilos, customizando perfis e botões de várias maneiras. E, após algumas horas, é impossível não afirmar que é o controle mais confortável e personalizável já feito pela Sony.
Aparência e recursos

O DualSense Edge acompanha uma caixa com os aparatos do periférico: dois pares de botões extras, quatro analógicos lisos e um encaixe de conector.
Em termos de aparência e tato, o Edge é levemente diferente do DualSense. O formato e tamanho são os mesmos, mas é mais pesado (com cerca de 44 gramas a mais). O touchpad é coberto por símbolos da marca, os gatilhos L2 e R2 têm uma textura antiderrapante e os botões principais, o D-pad e algumas partes da "carcaça" são pretos. Ainda há os pequenos símbolos da PlayStation na parte traseira, mas os braços têm textura mais macia e agradável ao toque.
O Edge também conta com um cabo USB para carregamento que é bem longo e feito de um material mais reforçado do que o padrão.

Ao todo, os recursos do DualSense Edge podem ser resumidos em quatro partes.
A primeira é focada no remapeamento de controle e nos botões extras. A parte traseira tem entradas para a adição de dois botões opcionais, que são configurados pelo próprio jogador – ou seja, você escolhe qual comando eles vão fazer.
O Edge acompanha dois pares de botões pensados para diferentes tamanhos de mãos. Um par é menor e grosso, enquanto o outro é maior e fino (o que ficou mais confortável para meus dedos, que não são tão compridos). É extremamente fácil adicionar e remover os botões do controle, uma vez que funcionam como ímãs, então basta encaixá-los sem nenhuma força, o que pode até ser feito no meio da jogatina.
A segunda parte é a profundidade dos gatilhos L2 e R2. Há uma trava na parte traseira, que torna os gatilhos mais responsivos, eliminando a necessidade de pressioná-los até o fim. Como alguém que já quebrou o R2 por atirar muito em Ratchet & Clank, senti que a função é útil não apenas para acionar rapidamente os gatilhos, mas também para diminuir o risco de estragos.

A terceira é a presença de módulos substituíveis, o que significa que você pode trocar os analógicos a qualquer momento e de forma prática. Basta retirar a "carcaça" frontal (que se solta automaticamente ao pressionar uma trava) e, em segundos, os analógicos estão livres para serem substituídos. Essa função também pensa no temido “drift”, o maior pesadelo dos donos de DualSense. Se problemas do tipo aparecerem nos direcionais do Edge, você pode apenas trocar o módulo sem ter que levar todo o aparelho na assistência técnica.
A quarta e última parte é focada no feedback de comandos, que se resume a quatro funções no menu de configurações do Edge. São elas: ajuste da sensibilidade dos analógicos, definição da zona inativa dos gatilhos, intensidade de vibração e intensidade dos efeitos dos L2 e R2. Ou seja, é um pacotão focado em personalizar a responsividade de comandos e recursos do controle, da forma que o jogador preferir.

Preço e data do DualSense Edge
O lançamento do DualSense Edge no Brasil foi recentemente adiado e está sem uma data definida.
No entanto, o periférico já está em pré-venda na Amazon. O preço oficial no mercado brasileiro é de R$ 1.499,90.
Afinal, vale a pena?
Como alguém que nunca foi tão fã da ideia de remapear comandos ou trocar borrachinhas de analógicos, estava cética nas primeiras horas com o DualSense Edge e levei algum tempo para me adaptar aos seus aparatos. Mas, quando finalmente entendi e coloquei em prática tudo o que oferece, fiquei impressionada com o conforto do controle.
Os recursos do periférico são voltados para jogadores que querem deixar os comandos mais rápidos, responsivos e efetivos — então servem para jogos que exigem agilidade (como multiplayer, FPS, soulslikes e por aí vai). Como era de se esperar, não fazem tanta diferença em games em que não existe essa necessidade.
Ao testar alguns indies focados em narrativa, não senti o poderio do Edge. No entanto, ao jogar títulos como Overwatch 2, Bloodborne e Borderlands, a situação mudou completamente. A trava dos gatilhos deixou a mira mais rápida e diminuiu o recuo e os botões extras deram acesso mais prático a comandos importantes — o que finalmente me fez encontrar uma maneira de evitar o "claw grip", famosa forma de segurar o controle no formato de garra para apertar botões mais rapidamente.
Após várias horas com o Edge, sinto que fiquei um pouco mal acostumada. É definitivamente a versão personalizável, luxuosa e aprimorada do DualSense Edge, com o maior ponto negativo ficando para o preço elevado e longe da realidade dos jogadores brasileiros.
Essa análise de primeiras impressões foi feita com um DualSense Edge concedido pela PlayStation Brasil.