Há mais de um ano, a Disney anunciava a compra da 21th Century Fox — aquisição que poderia mudar o panorama de partes importantes da indústria do entretenimento. Mas uma compra no valor de US$ 71,3 bilhões não acontece do dia para a noite e a transferência passou por várias instâncias e ritos burocráticos até ser enfim aprovada pelas duas empresas e órgãos legisladores. Acionistas discutiram e votaram a validade da compra, a Comcast tentou passar por cima da Disney e, por fim, a junção teve que ser aprovada em 24 países (afinal as duas empresas em jogo são ativas em vários territórios do planeta).
A aguardada compra da 21 Century Fox pela Disney foi fechada e nessa terça-feira (12) finalmente recebeu a aprovação dos 24 órgãos anti-monopólio — sendo que os últimos países a autorizarem a compra foram Brasil e México.
Depois de todos esses ritos burocráticos, a Disney marcou a data de 20 março de 2019 para que a aquisição seja consumada e a empresa do Mickey Mouse comece a operar todas as obras e propriedades intelectuais da Fox, com exceção da Fox News (que a Disney não quis adquirir) e a Fox Sports (que precisará ser vendida para não sofrer com represálias dos órgãos anti-monopólio).
Um porta-voz do estúdio bilionário declarou a Variety que espera ver a aquisição devidamente fechada ao meio-dia no horário da costa Leste dos Estados Unidos. Essa semana intermitente entre a aprovação e a consumação da compra servirá para os acionistas da Fox decidirem se querem ou não transferir seus investimentos para ações da Disney.
A integração entre as companhias vai permitir que a empresa coloque em jogo um plano que já está sendo traçado há meses — com o desenvolvimento do Disney+ e do Hulu —, novos heróis na Marvel, produção de séries originais para o streaming, atrações em parques e muito mais. Porém, apesar da satisfação daqueles que sonham em ver X-Men e Vingadores juntos, existem estimativas de que mais de 4000 pessoas serão demitidas com a junção.