The Boys prepara fim da temporada com Natal sangrento e fora de época

A quarta temporada de The Boys entrou oficialmente na reta final. Lançado nesta quinta-feira (11), o sétimo episódio preparou o grand finale com um Natal fora de época cheio de sangue e reviravoltas. Porém, para variar, a produção também trouxe um pouco de esperança em meio ao caos.

The Boys ecoa Herogasm em festa estranha com gente esquisita | Recap

[A partir daqui, spoilers do sétimo episódio da quarta temporada de The Boys]

O penúltimo capítulo da temporada já começa com um ar de contagem regressiva. Após o Capitão Pátria (Anthony Starr) propor um golpe e conseguir apoio dos poderosos dos EUA, os dois lados começam a correr contra o tempo para colocar planos em ação. Pelo lado dos mocinhos, os The Boys se dividem em duas missões para interromper os supers o quanto antes.

Em primeiro lugar, Billy Bruto (Karl Urban), e as alucinações que moram em sua cabeça, chegam à equipe contando a verdade sobre Sameer (Omid Abtahi) estar vivo e capaz de fazer o vírus que mata supers. Porém, como o cientista não está conseguindo progredir – e com medo de causar uma pandemia que mata usuários de Composto V –, ele pede a ajuda do experiente químico Francês (Tomer Capone), recém tirado da prisão.

Acostumado a fazer “química” com lixo, o Francês aceita a tarefa e parte com Kimiko (Karen Fukuhara), que não está nada contente de reencontrar o amigo nessas condições. Como esperado, eles lavam a roupa suja e ela reclama que ele fica se torturando com o próprio passado e não pede ajuda. Em troca, ela conta a verdadeira história de origem, em que, após ser sequestrada pelo Exército de Libertação da Luz Brilhante, participava de lutas em que quem gritava primeiro perdia, o que a tornou silenciosa ao ponto de não conseguir falar até hoje.

Kimiko e Francês retomam a parceria em The Boys (Amazon Prime Video/Reprodução)

Com essa reflexão, ela confessa que se odeia pelo que fazia às outras garotas e que por isso entende o Francês, mas que ele não deveria se odiar. Em resposta, ele compartilha a angústia de não saber como se perdoar e seguir em frente. Eles parecem chegar à conclusão que o jeito é tentar fazer o bem para compensar, já que decidem soltar Sameer após terminarem o vírus, independente dos planos de Bruto.

Infelizmente, a dupla não tem a chance de provar o gostinho de fazer uma boa ação. Após concluírem o vírus, Sameer aplica ele em Kimiko e foge. No desespero, o Francês serra a perna da jovem fora, em uma das cenas mais angustiantes da série. O plano funciona e, graças ao fator de cura, ela ganha uma perna nova e eles podem usar a decepada para tentar produzir o vírus.

Caça ao futuro assassino

Enquanto Kimiko e Francês produzem o vírus, o resto da equipe sai em outra missão ao ser informada pelo Trem-Bala (Jessie T. Usher) que Capitão Pátria e Mana Sábia (Susan Heyward) estão planejando assassinar o presidente dos EUA no dia 6 de janeiro – não por acaso, a data em que apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio para protestar contra a derrota dele nas eleições de 2020. Essa descoberta coloca Bruto, Hughie (Jack Quaid) e Luz-Estrela (Erin Moriarty) atrás do atirador contratado.

A complicação da missão está no fato de que o assassino é um metamorfo, que arranca a própria pele para se tornar outra pessoa. Esse poder não só permite que o matador esfaqueie Hugh e escape se misturando na multidão, como ainda deixa um problemão para o time na reta final. Falaremos mais sobre isso adiante.

Trapalhadas do Capitão Pátria

Enquanto isso, o Capitão Pátria perde a linha com a Mana Sábia. O líder d’Os Sete culpa a super por ter deixado ele na mão no episódio anterior, quando estava com as capacidades cognitivas prejudicadas devido a um tiro que levou na cabeça justamente no momento em que ele propunha o golpe aos políticos norte-americanos. Isso faz com que ele caia de vez nas graças da Espoleta (Valorie Curry), com quem age em segredo.

Querendo mostrar serviço, ela diz que encontrou o espião: o verdadeiro Tece-Teia (Dan Mousseau). Dessa vez a dupla chega mais perto, já que ele realmente passava informações para Billy Bruto em troca de drogas, além da equipe ter roubado o traje dele para se infiltrar na festa do Cavaleiro Tek. Isso é o suficiente para o Capitão Pátria parti-lo ao meio e criar coragem para atacar os The Boys.

Capitão Pátria firmou de vez a parceria com a Espoleta (Amazon Prime Video/Reprodução)

Hora do pau cantar

Sob as ordens do Capitão Pátria, Profundo (Chace Crawford) e o novo Black Noir (Nathan Mitchell) invadem o escritório dos Boys para atacá-los. Lá eles encontram Billy Bruto e Luz-Estrela, o que rende uma pancadaria com toques pessoais para o super aquático, que acusa a ex-colega de tentar cancelá-lo por ser um homem branco – e não pelo abuso que ele cometeu.

O combate se intensifica quando o Trem-Bala chega não para ajudar os membros d’Os Sete, mas sim para combatê-los. Outro reforço aos mocinhos é o Leitinho da Mamãe (Laz Alonso), que desiste de fugir com a família e aparece para metralhar o Black Noir, que sobrevive porque consegue voar. No fim, Luz-Estrela espanca o Profundo, que sobrevive e consegue fugir.

O fracasso da missão faz as mudanças finais na equipe liderada pelo Capitão Pátria. Ele está triste com a traição do Trem-Bala, que sumiu junto com a família, quando a Mana Sábia chega questionando ele ter passado por cima dos planos e atacado os The Boys diretamente. Ao ser confrontada pelo fato de que nunca pegou o verdadeiro traidor, ela diz que sabia que era o velocista, mas que mantinha assim para que ele vazasse para Bruto e companhia apenas o que ela quisesse.

Luz-Estrela soca o Profundo enquanto Trem-Bala assiste em cena do sétimo episódio da quarta temporada de The Boys (Amazon Prime Video/Reprodução)

Com isso, Espoleta fica brava por terem matado o Tece-Teia à toa e o Capitão Pátria se sente traído por ela manter segredos dele. Com o ego ferido, ele demite a Mana Sábia e diz que ela tem sorte de não acabar morta. Em resposta, a super-inteligente lembra que ele prometeu que a ouviria e que não vai se sair bem cercado por puxas-sacos como a Espoleta. Ao fim, ela joga um caderninho que deve ser importante para o episódio final.

Uma nova esperança (e a Vought contra-ataca)

Por fim, o penúltimo episódio da temporada presenteia o espectador com uma esperança. No caso, é na figura de Ryan (Cameron Crovetti), que se irrita com a lavagem cerebral em forma de programa Natalino. Em rede nacional, ele vai contra a Vought e as ordens do Capitão Pátria e faz um discurso sobre como é importante se manter verdadeiro, e a verdade dele é diferente da propaganda política mentirosa da empresa.

Essa rebeldia abre um sorriso no rosto de Billy Bruto, que diz a Joe Kessler, o “diabinho em sua mente” que é por isso que ele acredita no Ryan e na missão de salvá-lo. Um breve momento positivo, que indica que ele desistiu de vez da ideia de causar um genocídio com o vírus, mas que dura pouco. Na sequência, ele cai desmaiado e precisa ser socorrido por uma ambulância.

Ryan se torna uma esperança ao se revoltar contra a Vought em The Boys (Amazon Prime Video/Reprodução)

Para piorar, o episódio deixa também uma última ameaça. No fim, é revelado que o metamorfo contratado para supostamente matar o presidente tomou o lugar da Luz-Estrela entre os The Boys – enquanto a verdadeira está amarrada em algum lugar. Algo que pode dificultar ainda mais os planos da equipe em salvar o presidente e infectar Capitão Pátria e Victoria Neuman com o vírus. Um presente de grego neste Natal nada convencional.