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Quinto episódio de Fundação traz grandes revelações
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Quinto episódio de Fundação traz grandes revelações

Gaal desperta, Salvor enfrenta os invasores e as linhas temporais enfim se encontram

Daniel John Furuno
Daniel John Furuno
15.out.21 às 10h46
Atualizado há mais de 3 anos
Quinto episódio de Fundação traz grandes revelações

A oposição de trevas e luz como símbolos para ignorância e conhecimento é o fio condutor do quinto episódio de Fundação, intitulado Ao Despertar.

[ATENÇÃO: O texto a seguir contém spoilers do quinto episódio da temporada!]

O tema está presente logo na narração de abertura; nela, Gaal Dornick (Lou Llobell) fala sobre seu medo relacionado a buracos negros: não da escuridão total, mas da possibilidade de ser apanhado em sua força gravitacional e, assim, ficar impedida de transitar de um espectro a outro.

A ideia é reforçada pelo flashback no planeta natal da garota, Synax, onde ela ainda é uma dedicada seguidora da Igreja Vidente, trabalhando como acólita, uma auxiliar da sacerdotisa. Nesse ambiente em que a religião domina e a ciência é condenada, o conhecimento é tratado como algo clandestino – noção representada pela tocha acesa na universidade abandonada, uma centelha solitária no meio da noite.

É nesse prédio que Gaal encontra um velho amigo da família, o instrutor Sorn, que tenta salvar alguns livros. O ancião confronta a garota, questiona sua declarada fé e a provoca, oferecendo-lhe uma cópia da obra poética que, posteriormente, a ajudará a solucionar a Conjuntura de Abraxas e vencer o concurso promovido por Hari Seldon (Jared Harris).

As demais acólitas chegam e prendem Sorn, que, condenado como herege, é sentenciado a morte por afogamento, atado a pesos e aos livros flagrados em sua posse. Tocada pelas palavras do velho, Gaal mais tarde mergulha para resgatar o exemplar com o qual ele havia tentado lhe presentear. A cena em que a garota emerge da água, iluminada pelo brilho dos anéis do planeta, é uma bela tradução visual de sua jornada rumo ao conhecimento.

A partir daí, é ela quem passa a segurar tochas clandestinas no meio da noite para ler, estudar, se inscrever na competição matemática e receber a notificação de sua vitória.

Um salto temporal leva o espectador à última cena em que Gaal havia sido vista antes: flutuando no espaço, dentro de um cápsula de fuga, após os eventos do segundo episódio. Ela acorda em uma nave escura, vazia e, aparentemente, preparada para recebê-la. Após descobrir que o punhal usado para matar Hari é a chave para abrir uma porta, a garota consegue chegar ao computador central, ativá-lo e acender as luzes.

Com estas, vem o conhecimento: seu sono na verdade foi uma suspensão criogênica que durou 34 anos, tempo suficiente para a missão da Fundação chegar a Terminus. Raych (Alfred Enoch) foi executado pelo assassinato do matemático, e ela é tida como cúmplice do crime. Desesperada, a jovem considera tirar a própria vida; no entanto, a lembrança do velho Sorn e um providencial chacoalhão da nave afastam o pensamento.

Percebendo que a movimentação do transporte foi uma correção de curso, ela tenta fazer o computador lhe dizer qual é seu destino. Diante da recusa, Gaal precisa usar seus talentos matemáticos para calcular a rota e descobrir a resposta.

Enquanto isso, em Terminus, Salvor Hardin (Leah Harvey) encara os anacreonianos, que cercam a cidade. Com a chegada de uma nave imperial à órbita do planeta, ela deduz que tudo faz parte do plano de Phara (Kubbra Sait): a líder dos invasores desde o início tinha a intenção de ser capturada para poder ser levada à torre e desativar a cerca, abrindo caminho para os companheiros.

Apesar dos avisos da guardiã, o plano dá certo e Phara consegue jogar a Fundação nas trevas, literal e figurativamente. Salvor corre até chegar à torre, onde luta com a arqueira em meio a corredores e salas escuras, conseguindo derrotá-la temporariamente com a ajuda do relógio de sol de sua mãe.

Logo, porém, os demais anacreonianos alcançam o prédio, salvando sua líder e capturando a guardiã. Sob comando de Phara, um dos invasores abate a nave imperial. O clarão da explosão ilumina o rosto horrorizado de Salvor durante o breve instante em que ela se dá conta de que falhou no seu dever de proteger a Fundação.

De volta ao transporte onde Gaal viaja, a oposição de trevas e luz curiosamente se inverte: é graças a um estrela escura que a garota descobre que seu destino é Helicon, o planeta natal de Hari. Essa associação temática da escuridão com o matemático sugere que muito do que se refere a ele pode estar envolto em algum tipo de engodo.

Inclusive o assassinato: pressentindo outra presença a bordo, Gaal segue uma trilha de sangue até chegar ao corpo do mentor – que revela ser uma projeção holográfica, possivelmente usada para encenar sua morte.


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