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Cuidado, spoilers de Game of Thrones abaixo!
Triunfante. Talvez essa seja o único adjetivo possível para resumir "The Winds of Winter", último episódio da sexta temporada de Game of Thrones. Com um ritmo tão frenético quanto o de "Battle of the Bastards", o season finale conseguiu unir estética e roteiro num capítulo primoroso, que concluiu de forma coesa e bem orquestrada tudo que havia sido apresentado nas semanas anteriores.
A direção em prol da narrativa
O episódio talvez tenha sido o mais bem dirigido de toda a série. Miguel Sapochnik conseguiu capturar a essência das tramas ali mostradas e fez com que a estética trabalhasse para elevar o poder do roteiro, que já foi fantástico por si só. A sequência da preparação para o julgamento de Loras (Finn Jones) e Cersei (Lena Headey) foi belíssima. A escolha do figurino da Rainha valorizou o preto para prever toda a morte e a destruição que ela causaria na capital de Westeros e também para demarcar a sua morte interior, já que agora, sem Tommen (Dean-Charles Chapman), ela não tem mais nada que a impeça de fazer o que bem quiser. Alguns enquadramentos com o recém-falecido rei também carregaram consigo grandes valores semióticos, como o plano onde o vemos por dentro de uma grade. Também pudemos contar pela primeira vez na temporada com a trilha sonora de Ramin Djawadi marcando sua presença de forma imponente. Como toda boa trilha, ela conseguiu mimetizar a atmosfera das cenas e direcionar as emoções do espectador para onde a narrativa apontava.
Frenético
Nas outras temporadas do programa, sempre víamos os acontecimentos mais bombásticos no nono episódio de cada ano e presenciávamos uma freada de ritmo no décimo. Dessa vez, David Benioff e D.B. Weiss seguiram a percussão acelerada de "Battle of the Bastards" e entregaram um último capítulo grandioso. O núcleo de Porto Real foi o grande destaque de "The Winds of Winter". A construção da tensão pré-explosão do Fogovivo foi primorosa, principalmente pela escolha mais uma vez acertada da montagem alternada. E os efeitos colaterais da escolha de Cersei também foram chocantes. A questão que resta é saber até que ponto a loucura da Rainha irá durar e quem irá colocar um fim nisso. Uma das teorias mais fortes nos fóruns especializados da série apontam que Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) pode ser Regicida uma vez mais ao matar a irmã.
Outro ponto alto do episódio foi a aparição surpresa de Arya (Maisie Williams), que dá cada vez mais indícios de que tomará para si o papel que nos livros foi dado à versão zumbi de sua mãe, a Lady Coração-de-Pedra. Vai ser interessante acompanhar como a garota irá conduzir sua onda de vingança para todos aqueles que fizeram mal aos Stark. Como se não bastasse, "The Winds of Winter" também confirmou uma das mais antigas teorias dos fãs: a que Jon Snow (Kit Harington) é filho de Lyanna Stark e Rhaegar Targaryen. A revelação aconteceu no final do capítulo e não sobra muito espaço para teorias de como essa linhagem será aproveitada no clímax da narrativa, que deve acontecer parcialmente na vindoura sétima temporada, mas agora, Gelo e Fogo estão mais próximos do que nunca.
"The Winds of Winter" seguiu o padrão de seus antecessores e empurrou as sub-tramas da série para um cenário de encerramento. Arya está de volta a Westeros, Jon é o Rei do Norte, Mindinho (Aidan Gillen)está fraco (e deve trair Sansa [Sophie Turner] no próximo ano), Cersei está no Trono de Ferro e Daenerys (Emilia Clarke) está a caminho de sua vingança e retomada de posse. Só nos resta esperar até abril de 2017, ansiosos pelo que está por vir.
Game of Thrones é exibida na HBO e todos os episódios estão disponíveis no HBO GO, o serviço on-demand do canal.
Paloma Pinheiro
Gabriel Avila
Jessica Pinheiro)
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