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Desventuras em Série - Segunda Temporada | Crítica
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Desventuras em Série - Segunda Temporada | Crítica

Tão competente quanto a anterior

Marina Val
Marina Val
30.mar.18 às 13h25
Atualizado há mais de 1 ano
Desventuras em Série - Segunda Temporada | Crítica

Antes de continuar, melhor deixar um pequeno aviso para quem não gostou dos primeiros capítulos de Desventuras em Série: é melhor não olhar. Siga o conselho de Lemony Snicket e use seu tempo para assistir algo mais feliz. Não há uma grande mudança de uma temporada para outra e a trama segue basicamente a mesma estrutura e ritmo, com cada livro da saga dividido em duas partes.

Para quem, assim como eu, gostou do que viu antes, a alegria será proporcional às desgraças na vida dos Baudelaire. Os roteiros continuam bastante fieis ao material original, com um tom sombrio que é interrompido por jogos de palavras — que ajudam a mostrar a inteligência de alguns personagens enquanto ampliam o vocabulário dos pequenos espectadores de maneira que não é pedante — e também de quebras de quarta parede, como quando o Conde Olaf (Neil Patrick Harris) olha diretamente para a câmera e fala algo que serve como uma indireta para o público.

A estética também permanece inalterada. Os efeitos visuais continuam intencionalmente exagerados, assim como cenários mantém características teatrais repletos de anacronismos. Nada ali parece realmente fazer parte do nosso mundo e sim de um lugar fantasioso, mas é justamente isso que dá mais charme para as aventuras dos órfãos.

A irritante Carmelita Spats ao lado dos Baudelaire

As maiores mudanças são os novos personagens que chegam para expandir o universo e ajudar os protagonistas a descobrirem mais pistas sobre os mistérios da série. Entre os destaques estão o charmoso Jacques Snicket (Nathan Fillion), a engenhosa Olivia (Sara Rue) e dois dos trigêmeos Quagmire, Isadora (Avi Lake) e Duncan (Dylan Kingwell), aos quais fomos apresentados no final da primeira temporada e agora ganham mais proeminência na trama. O lado dos vilões também ganha reforços com a detestável Carmelita Spats (Kitana Turnbull), que chega para estragar o dia dos órfãos e sambar na cara das inimigas – quase literalmente.

Como algum tempo se passou entre as gravações das temporadas, a atriz que interpreta Sunny Baudelaire (Presley Smith) cresceu, mas a série dá um jeito de explicar a mudança com uma leve brincadeira que combina totalmente com o clima da história. A produção poderia facilmente ter escolhido por substituir a pequena por outro bebê, mas são pequenos detalhes como este que contrastam com tom sombrio da trama que dão mais personalidade à narrativa.

Os novos capítulos de Desventuras em Série são deliciosos de assistir mesmo com as desgraças e injustiças se acumulando pelo caminho. A maior tristeza para os espectadores é que o episódio final termina com um enorme cliffhanger. Teremos que esperar um bom tempo pela terceira e última temporada para vermos na telinha a verdadeira conclusão dessa aventura e descobrirmos o que aconteceu com os Baudelaire.


A segunda temporada de Desventuras em Série já está disponível na Netflix.

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