Não é exagero dizer que a franquia Pokémon é responsável por várias “febres” ao longo das décadas. No início dos anos 2000, por exemplo, era quase impossível passar batido pelos monstrinhos, que tomaram conta da TV, com o anime, e chegaram também em diversos produtos licenciados (ou não).
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Em 2016, uma onda parecida aconteceu com a chegada de Pokémon GO, o jogo de celular que une realidade aumentada e captura das criaturas, além de batalhas em ginásios, troca de presentes entre os amigos, e muito mais. De lá para cá, muita coisa mudou. Parte do público parou de acessar o game, o mundo passou por uma pandemia, e os celulares se tornaram ainda mais parte da nossa rotina, inclusive armazenando informações sigilosas e importantes, como as de banco.
Nesta nova realidade, a equipe da Niantic segue com a importante missão de fomentar a comunidade de Pokémon GO, que segue ativa, apesar de menor. Durante a gamescom latam, tivemos a oportunidade de conversar com Eric Araki, Gerente Regional do Brasil, Leonardo Wille, Gerente de Comunidades, e Alan Mandujano, Líder da Niantic na América Latina, sobre os desafios (e delícias) de fazer parte de um grupo que continua apaixonado pelos monstrinhos.
Exploração e segurança
Desde que foi lançado, Pokémon GO tem a premissa de fazer o jogador andar pelas cidades do mundo real, em busca de PokéParadas, ginásios e monstrinhos. Na época da pandemia de COVID-19, os desafios dentro do jogo ficaram diferentes, exigindo menos movimentação de um público que, majoritariamente, estava em isolamento social.
Com o aumento da vacinação, os eventos presenciais voltaram, mas com um novo desafio: enfrentar as dificuldades de segurança, em uma atividade que pede o uso de celular constantemente.
Em entrevista ao NerdBunker, Eric Araki afirma que uma das soluções encontradas para ajudar a comunidade foi criar parcerias com espaços considerados mais seguros, como shoppings. Para os locais, o fluxo de possíveis consumidores é positivo, enquanto o público usufrui do conforto de capturar os monstrinhos em um ambiente controlado:
“Costumamos dizer que a América Latina também tem seus próprios desafios. Depois da pandemia, percebemos um aumento da violência em vários lugares, e também no Brasil. São Paulo tem número gigante de celulares furtados todos os dias. Então é um grande desafio para nós criar espaços seguros durante os eventos.”
Leonardo Wille completa que grande parte do trabalho da Niantic é auxiliar a comunidade, mas ressalta que os próprios jogadores cuidam uns dos outros e até de quem não joga Pokémon GO. Um exemplo disso foram as campanhas de arrecadação feitas pelos treinadores, após as enchentes no Rio Grande do Sul.
Caçar Pokémon do nosso jeitinho
Durante a participação na gamescom latam, a Niantic anunciou dois eventos de Pokémon Go no Brasil. O primeiro é o Pokémon GO Fest 2024, que acontece nos dias 13 e 14 de julho e terá ativações em São Paulo, como um ginásio em tamanho real e interativo, que vai replicar na vida real os acontecimentos do jogo.
E o outro é um evento que acontecerá em dezembro, ainda sem muitos detalhes revelados. Uma das expectativas é que seja uma edição do Safári Urbano, semelhante ao que foi realizado em novembro de 2023 no México, com cobertura do NerdBunker. Para Alan Mandujano, trazer um evento de grande porte ao país é quase como um “retorno às origens” mais do que positivo:
“Estamos super empolgados em trazer esse evento ao Brasil. Na verdade, o primeiro evento de Pokémon GO na América Latina foi aqui, então sempre pensamos em quando poderíamos voltar. Fizemos outras atividades de sucesso na América Latina, incluindo no México, e a paixão da comunidade brasileira sempre esteve muito presente. Isso nos deixou ainda mais empolgados para voltar.”
Questionado se o fã brasileiro de Pokémon GO é diferente dos treinadores de outras nacionalidades, Eric Araki trouxe um relato interessante sobre como o público da América Latina é mais caloroso:
“Como jogador, já estive em Dias Comunitários no Japão, e é completamente diferente do que vemos aqui no Brasil. Os jogadores de lá se reúnem em células, então sempre há 3 ou 4 pessoas jogando juntas, mas cada um ali cuidando da própria vida. Eles jogam juntos e fazem algumas coisas, mas não há uma interação geral. Já no Brasil você tem uma quantidade grande de pessoas que se une, chamando uns aos outros e tendo essas trocas. É como uma festa.”
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O jogo está disponível para iOS e Android.