Uma das notícias mais inesperadas do mundo dos games neste ano foi o cancelamento de Disney Infinity e o fechamento da Avalanche Software. Ele era o jogo de maior sucesso na categoria toys-to-life - que também inclui Skylanders e LEGO Dimensions - e segundo o Kotaku, havia planos ainda maiores.
O site diz que conversou com duas pessoas que estavam envolvidas no projeto. Segundo eles, os planos futuros do jogo incluíam entre outras coisas um pacote de Rogue One: Uma História Star Wars feito pela Ninja Theory - de Hellblade, DmC e Heavenly Sword - e um de Moana, filme de animação da Disney, feito pelo Studio Gobo, desenvolvedora que já ajudou antes no jogo.
Também havia planos para uma linha de figuras de 12 polegadas (as tradicionais tem 4 polegadas) para os personagens mais populares, como Buzz Lightyear, Elsa, Hulk, Hulkbuster, Jack Skellington e Darth Vader. Elas iam custar US$ 45 cada.
Também havia planos para a expansão Disney Infinity 4.0 em 2017 (esse não seria o nome final) que ia adicionar algo que os fãs desejavam muito - um modo história que combinava os diferentes mundos presentes no jogo. Atualmente, cada figura dá acesso a um mundo baseado no filme/animação de onde ela veio, mas não há crossover entre, digamos, os protagonistas de O Despertar da Força com as emoções de Divertida Mente e os Guardiões da Galáxia. A única interação entre eles é na Toy Box, uma área para os jogadores usarem sua criatividade, como em Minecraft.
Com a expansão 4.0, a Avalanche planejava mudar isso, criando um modo história ambicioso que ia juntar personagens de diversos filmes, incluindo: Carros 3, Star Wars Episódio VIII, Guardiões da Galáxia Vol. 2, Thor: Ragnarok, Coco (Pixar) e Piratas do Caribe: Os Mortos Não Contam Histórias. "O argumento que nós sempre recebíamos dos fãs era 'nós queremos jogar como a Elsa correndo em Tatooine,'" disse uma das fontes do Kotaku.
Por que o cancelamento?
Segundo a matéria, o fim de Disney Infinity veio mais por um problema na fabricação dos brinquedos. As fontes explicam que a primeira leva de figuras se esgotou rapidamente e houve uma escassez nas lojas. Para combater isso, a Disney mandou fabricarem muito mais no futuro. O que aconteceu foi que esse número ficou tremendamente alto.
Por exemplo, foram produzidas aproximadamente 2 milhões de figuras do Hulk, um dos personagens mais populares, mas "apenas" 1 milhão foram vendidas. Com isso, apesar de ser o líder do mercado de toys-to-life, as vendas estavam sempre abaixo das expectativas.