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OMS quer classificar vício em jogos eletrônicos como transtorno psiquiátrico
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OMS quer classificar vício em jogos eletrônicos como transtorno psiquiátrico

Alteração deve acontecer em 2018

Jefferson Sato
Jefferson Sato
03.jul.17 às 16h42
Atualizado há quase 8 anos
OMS quer classificar vício em jogos eletrônicos como transtorno psiquiátrico

Dizem que qualquer coisa em excesso é ruim e o mesmo vale para os videogames. Em alguns casos, o exagero pode ser até mesmo uma patologia séria. Por conta disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) planeja classificar vício em jogos eletrônicos como um transtorno psiquiátrico (via Estadão).

Esta mudança passou a ser discutida em 2014 e agora está sendo considerada para a próxima revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID), o manual oficial da OMS com a definição e outros detalhes utilizados por médicos do mundo todo.

Atualmente, este vício não é considerado uma doença e se encontra na categoria de “outros transtornos de hábitos e impulsos”. Com a alteração, o transtorno de jogo (ou gaming disorder, em inglês) deve passar a ser considerado um distúrbio psiquiátrico na CID em 2018.

Vale notar que este vício é diferente do transtorno conhecido como jogo patológico, o vício em jogos de azar, que já é considerado uma doença separada na CID. A diferença está não apenas na dependência, mas como ela afeta as pessoas, como explica o psiquiatra Daniel Spritzer.

A maioria dos jovens joga de maneira tranquila e controlada. Mas entre os que se tornam dependentes, vemos prejuízos importantes, como reprovação na escola, afastamento dos amigos e brigas com a família.

No Brasil não existe uma estimativa de pessoas viciadas em jogos eletrônicos. Nos Estados Unidos e na Europa, entre 1% e 5% dos jogadores são dependentes. Já nos países asiáticos, onde o problema é mais sério, a taxa chega a 10%.

Com a inclusão do transtorno na CID, o diagnóstico e o tratamento do problema pode ser facilitado, segundo a OMS. Além disso, a classificação específica da doença também pode incentivar o apoio de agências para a investigação do tema.

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