Um dos jogos mais aguardados de 2017 é, sem dúvidas, Mass Effect: Andromeda, que promete trazer uma nova experiência para a franquia da BioWare, melhorando aspectos dos títulos anteriores e revelando diversas novidades.
Para falar sobre o título, conversamos com Michael Gamble e Fabrice Condominas, produtores de Mass Effect: Andromeda, que compartilharam novas informações sobre o desenvolvimento do jogo e suas principais mecânicas. Confira:
Andromeda começa logo após Mass Effect 2 e depois pula para 600 anos no futuro. Esse novo time sabe sobre Shepard e as coisas que ele fez quando lutou com os Reapers nos primeiros jogos? Os jogadores precisam conhecer os títulos anteriores para curtir Andromeda?
Michael Gamble: Eu não posso comentar se Ryder sabia sobre o que estava acontecendo com o Shepard. Mas Andromeda é um novo começo em uma nova galáxia e nós meio que fizemos isso justamente por este motivo, então não há nenhuma história ou informação que você precisa saber para começar a jogar Andromeda.
Mass Effect 3 teve uma resposta muito negativa da comunidade por causa do final. Como nossas decisões afetarão o final de Andromeda?
MG: Este é um detalhe relevante para a história que não podemos comentar agora, mas o que vou dizer é que estamos muito cientes da reação que o final da trilogia teve dos fãs, dos críticos e os problemas com isso. Então, ao criar a história de Andromeda, tentamos manter um bom equilíbrio entre permitir que os jogadores façam suas escolhas que tenham consequência e meio que guiar os jogadores em um grupo específico de finais. Então você definitivamente verá isso conforme divulgarmos mais informações sobre a história. Esperamos que você possa ver isso em prática, mas por enquanto não posso dar todos os detalhes.
Certo, então vamos falar de gameplay. Andromeda será mais focado em ação ou voltará a ter mais elementos de RPG?
Fabrice Condominas: Os dois. Acho que a principal diferença em Andromeda é que estamos pegando o melhor dos jogos anteriores, mas queremos melhorar o Action RPG, ter a ação e o RPG. Para isso, fizemos um sistema de combate muito mais dinâmico do que os já vistos na trilogia. Você pode pular, há um sistema com o qual as habilidades “resfriam” em um instante. Eu poderia continuar, mas, de forma geral, é muito mais dinâmico para que você não precise parar e ficar usando as coberturas. Por outro lado, introduzimos o sistema de criação de itens e a progressão na árvore de habilidade, por exemplo.
Para unir as duas coisas nós separamos a progressão. Então, se você é um jogador de ação, você pode jogar assim, ignorar a progressão do RPG tradicional, porque o jogo suporta isso. Se você é fã de RPG, então poderá ir muito fundo na experiência. Na trilogia, nunca houve tantas modificações de armas, materiais de construção de itens etc.. Então você terá ambos.
O sistema de moral funciona como nos jogos anteriores ou está diferente desta vez? Ele terá efeitos na aparência do personagem?
MG: O sistema está diferente. Estamos tentando fugir um pouco da dicotomia do bem contra o mal. Queremos ter uma área mais cinza nos efeitos das escolhas em conversas, que podem não ser entendidas como boas ou ruins necessariamente. É como a vida real, há mais do que isso. Em termos de efeitos na aparência, não vamos comentar sobre isso agora.
Vocês falaram anteriormente que não querem que jogadores sejam forçados a jogar o modo multiplayer, e que, em vez disso, eles podem enviar times para fazer estas missões. Podem falar um pouco sobre isso?
MG: Esta é uma coisa que revelaremos nos próximos meses. O que é importante é que, se olharmos para os jogos anteriores, os jogadores precisavam entrar no multiplayer para conseguir alguns benefícios para a história. Não queremos mais isso. Queremos manter uma boa conexão com jogadores que preferem o a campanha solo e permitir que eles pulem o multiplayer sem que sejam punidos por isso. Então há um conceito que chamamos de “Strike Teams” sobre o qual falaremos mais no futuro.
Andromeda terá novas raças, como os kett, e acontece em uma galáxia totalmente nova, então provavelmente veremos outros. Você pode falar sobre isso?
MG: [Risos] Um pouco! Vocês já conheceram os kett. Acho que eles são muito importantes para a história, são alguns dos principais vilões. Mas sobre a maior parte das outras espécies que não revelamos ainda, se você olhar atentamente para o gameplay que revelamos, você verá algumas delas. E, claro, com o tempo falaremos um pouco mais sobre elas. Mas nem todos em Helius é hostil. Muitas destas espécies na verdade são gentis e cooperativas, então você descobrirá um pouco mais sobre elas depois.
Andromeda tem um novo veículo que os jogadores podem controlar, o Nomad. Como vocês usaram as críticas sobre os veículos nos jogos anteriores para melhorar o Nomad? Especialmente o Mako, porque as pessoas não gostavam muito dele.
FC: Você está correto. O primeiro veículo teve diversos problemas em Mass Effect 1, mas acho importante mencionar que quando mostramos o veículo em Andromeda, as pessoas na verdade ficaram empolgadas com isso. Acho que há um tipo de conexão, embora você queira que ele funcione muito bem em termos de mecânica.
Seguimos um conceito em Andromeda que é extremamente diferente e ligado à narrativa. Como mencionamos diversas vezes antes, você é mais um explorador do que um soldado desta vez, então agora temos um veículo mais rápido e ágil. Para conceber ele, aplicamos física real, então ele responde muito melhor aos comandos do que nunca e é um veículo para diversos terrenos. E, na verdade, conversamos dentro da Electronic Arts com um especialista do time de Need for Speed para ter inspiração. Mas encontrar seu caminho no planeta é uma parte essencial do jogo, então queríamos fazer isso de um jeito que fosse ágil e divertido.
Muitas pessoas criticam o Mass Effect 3 por ter menos interações com os companheiros em comparação com os jogos anteriores. Como Andromeda se compara em relação a isso? As missões de lealdade estão de volta, certo?
FC: Sim! Na verdade, acho que você meio que respondeu sua própria pergunta [risos]. Acho que, de forma geral, a relação com os companheiros em Andromeda, embora diferente, será muito mais próxima de Mass Effect 2 do que de qualquer outro.
Quão grande é o jogo? Podem dizer quanto tempo leva para terminar?
MG: Nós temos esta informação, mas geralmente não gostamos de falar em termos de horas, porque os jogadores são diferentes e a forma como eles exploram é diferente. Acho que o importante aqui é que Andromeda é, de longe, o maior Mass Effect que já produzimos. Sem sombra de dúvida.
Mass Effect: Andromeda será lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC.