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Flintlock: The Siege of Dawn encanta com belo visual e toque soulslike | Review
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Flintlock: The Siege of Dawn encanta com belo visual e toque soulslike | Review

RPG de ação da A44 Games não é tão desafiador, mas tem lado envolvente

Paloma Pinheiro
Paloma Pinheiro
17.jul.24 às 11h50
Atualizado há 10 meses
Flintlock: The Siege of Dawn encanta com belo visual e toque soulslike | Review
(Imagem: A44 Games/Divulgação)

A Summer Game Fest, popular evento da indústria de games, funciona como uma verdadeira vitrine de jogos que estão a caminho. E, neste ano, não foi diferente. Entre tantos destaques, Flintlock: The Siege of Dawn foi uma das novidades que despertou curiosidade tanto pelo visual quanto pela premissa de “deuses vs armas”.

Desenvolvido pelo estúdio neozelandês A44 Games (Ashen) e publicado pela Kepler Interactive, o jogo é um RPG de ação, com elementos de soulslike. O diferencial é que os desenvolvedores queriam criar um "soulslite" — uma experiência menos árdua, que pudesse servir como porta de entrada para jogos inspirados na fórmula Souls.

Deuses, armas de fogo e uma dupla carismática

A história é ambientada em um mundo fantástico, no qual a porta que separa o mundo dos vivos e dos mortos foi destruída. A situação caótica coloca a humanidade para enfrentar a fúria implacável de diversos deuses e seus exércitos de mortos — que deixam tragédia por onde passam.

Nesse cenário, o jogador assume o papel de Nor Vanek, membro de elite do Exército da Coalizão, que embarca numa jornada de vingança contra as divindades. Durante a saga, a protagonista é acompanhada por Enki — uma criatura misteriosa, semelhante a uma raposa, que possui poderes mágicos.

flintlock Nor e Enki foram uma dupla carismática (Imagem: A44 Games/Captura de tela)

Dito isso, tanto a narrativa quanto a jogabilidade são centradas na relação entre esses dois personagens. Em relação ao enredo, o vínculo da dupla é construído aos poucos, conforme a história avança. O visual fofo da raposa ajuda a criar essa relação de proximidade, mas a criatura prova que é bem mais que um "pet", com poderes únicos e muita personalidade.

Para encarar uma série de inimigos, o jogador usa, inicialmente, uma pistola simples e um machado. Conforme avança, novos tipos de armamentos são desbloqueados, incluindo granadas e armas de fogo de longo alcance.

Como a quantidade de pólvora disponível é limitada, é preciso intercalar o uso da pistola com boas machadadas nos inimigos. Inclusive, são esses ataques corpo a corpo que “preenchem” o medidor de pólvora – algo que reforça a importância de alternar entre as duas ferramentas. Outro aspecto interessante é que a pistola não serve apenas como instrumento ofensivo, mas também de defesa. Com ela, Nor pode interromper ataques dos quais não é possível se esquivar e atordoar oponentes.

Além das ferramentas de combate, a magia de Enki tem um papel fundamental no gameplay. Ao desbloquear certas habilidades, é possível usar os poderes da raposa para enfraquecer inimigos e até se locomover rapidamente em várias áreas do mapa por meio de fendas no espaço.

Para desbloquear as habilidades, é necessário obter certas quantidades de "reputação". Esse recurso possui um papel crucial, e o jogador pode adquiri-lo ao derrotar inimigos, completar missões e vencer desafios.

Partidas de Sebo e "toque souls"

Como dito anteriormente, o sistema de reputação é um elemento fundamental em todo o game. Com ele, o jogador pode "multiplicar" a quantidade do recurso durante o combate, por meio de combos. A partir desse aspecto, também é possível notar o toque soulslike, por exemplo.

Nesse sentido, alternar entre diferentes tipos de ataques e esquivas bem sucedidas aumenta a quantidade de reputação obtida. Contudo, ao sofrer dano, o multiplicador é zerado. Além disso, todo o recurso é perdido caso o jogador morra. Felizmente, ainda é possível recuperar a quantia ao voltar para o local da morte. Como esperado de um soulslite, ao morrer, Nor retorna para o último checkpoint, o que faz com que o jogador tenha que repetir alguns trajetos e embates de vez em quando.

As missões secundárias não são tão envolventes quanto poderiam ser, mas as partidas de "Sebo" funcionam como uma boa distração e fonte de reputação. O minigame é uma espécie de "Jogo de Damas", que coloca Nor para desafiar NPCs espalhados por todo o mundo.

Durante uma partida de Sebo, o jogador tem 10 turnos para atingir o objetivo (Imagem: A44 Games/Captura de tela)

Curiosamente, Flintlock: The Siege of Dawn passa uma sensação de liberdade em relação à jogabilidade. Alguns chefes podem ser desafiadores para jogadores inexperientes, mas o game também oferece múltiplos caminhos e opções para quem possui um estilo de jogo mais sorrateiro, por exemplo.

Durante a jornada, o jogador se depara com um mundo exuberante que, por vezes, deixa aquela vontade de tirar uma bela fotografia. Com inspirações em paisagens da Mesopotâmia, Egito e da própria Nova Zelândia (onde o estúdio é sediado), os desenvolvedores conseguiram criar um visual que realmente impressiona.

Em termos de desempenho, não houve tantos problemas no PlayStation 5. Apenas alguns pequenos bugs com NPCs que desaparecem de forma repentina. Em certo momento, o game fechou abruptamente, mas foi possível retornar, sem perda de progresso.

No geral, o vínculo entre Nor e Enki é o grande destaque. Talvez o game não agrade tanto quem busca grandes níveis de desafio, mas, ainda assim, consegue ser uma aventura divertida e envolvente, que chega com legendas em português.


Esta review foi feita no PlayStation 5, com uma cópia cedida pela A44 Games. Flintlock: The Siege of Dawn será lançado no dia 18 de julho para PS5, Xbox Series e PC.

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