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Detroit: Become Human gera polêmica por cena de abuso infantil
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Detroit: Become Human gera polêmica por cena de abuso infantil

Diversas organizações criticam a desenvolvedora, afirmando que retratou um assunto sério de forma trivial

Jefferson Sato
Jefferson Sato
05.dez.17 às 17h06
Atualizado há mais de 7 anos
Detroit: Become Human gera polêmica por cena de abuso infantil

A Quantic Dream está protagonizando uma nova polêmica e recebendo diversas críticas de diversas autoridades e organizações pelo jogo Detroid: Become Human e a forma como o título retrata violência doméstica e infantil.

Em outubro, a Quantic Dream revelou o primeiro gameplay do título, mostrando uma das histórias na qual o jogador controla Kara, uma androide que presencia um caso de violência contra crianças. No trecho, Todd vai atrás da filha, Alice, com um cinto na mão, dizendo que está bravo. Tudo termina com o homem colocando a filha na cama, mas ela parece morta.

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O vídeo é montado para mostrar que é possível impedir isso e que cada escolha do jogador gera uma reação diferente. O roteirista Adam Williams comentou sobre a polêmica, dizendo que o objetivo não é passar uma mensagem em particular, mas que o trecho na verdade mostra que Kara é, na verdade, “uma personagem mais humana do que o pai”, Todd.

Mas um dos principais problemas é que o jogador tem a opção de não fazer nada e permitir que o pai abuse de sua filha. A fundadora da Childline, Dame Esther Rantzen, afirmou ao Daily Mail que a cena é “repulsiva”.

Violência contra crianças não é entretenimento. Não é um jogo. É um pesadelo real para milhares de crianças que precisam viver estas situações. Os criadores deste jogo deveriam se envergonhar. Acho que é perverso. Quem acha que bater em uma criança é divertido?

Desde a divulgação do vídeo, diversos veículos de comunicação, organizações e autoridades mostraram desprezo pelo jogo. Uma das críticas é que pessoas que sofrem estas situações podem recorrer à violência, como no trecho em questão, o que pode só piorar e colocá-las em perigo ainda maior.

David Cage, responsável pelo desenvolvimento do título, defendeu a inclusão da cena em entrevista ao Eurogamer.

Eu tento contar uma história que importa para mim, que acho comovente, interessante e empolgante e meu trabalho como criador é talvez entregar algo que as pessoas não esperam. [...] Acho que as pessoas deveriam ver a cena, jogar e vê-la no contexto para realmente entende-la. A regra que eu dou para mim mesmo é nunca glorificar violência, nunca fazer nada gratuito. É preciso ter um propósito, um significado, e criar algo que espero que seja significativo para as pessoas.

Ele também afirma que não há motivo para se envergonhar, porque acredita que não fez nada errado.

Há coisas que eu nunca faria. Eu nunca faria um jogo racista ou misógino. Estes são os limites. Quando você se sente bem com o conteúdo e o significado quando você sabe que não tem por que se envergonhar porque é justo e ele conta a história certa, porque é comovente. Não há limites.

Detroit vai seguir os modelos da Quantic Dream de dar ao jogador diversas possíveis escolhas ao longo do jogo, cada uma levando a história para um caminho diferente. Na história vamos controlar robôs que precisam aprender a lidar com um mundo cheio de humanos hostis contra inteligência artificial avançada.

Detroit: Become Human chega ao PlayStation 4 em 2018.

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