Logo do Jovem Nerd
PodcastsNotíciasVídeos
Deathloop é um jogo sobre loops temporais, mas bem mais simples do que parece
Games

Deathloop é um jogo sobre loops temporais, mas bem mais simples do que parece

Jogamos as primeiras cinco horas… e já estamos ansiosos para mais!

Tayná Garcia
Tayná Garcia
26.ago.21 às 11h34
Atualizado há mais de 3 anos
Deathloop é um jogo sobre loops temporais, mas bem mais simples do que parece

Desde que foi anunciado, Deathloop chamou a atenção não apenas pela premissa inusitada e desafiadora, mas também por gerar curiosidade de como funcionaria na prática.

Desenvolvido pelos criadores de Dishonored e Prey, trata-se de um novo FPS que conta a história de Colt, um homem que está preso em um loop de 24 horas numa ilha chamada Blackreef.

O objetivo é quebrar esse ciclo e, para isso, é preciso encontrar e eliminar oito alvos específicos em um só dia. No entanto, se morrer no caminho, ele volta ao início e é forçado a começar novamente.

Para fazer um test drive em alguns loops, jogamos as primeiras cinco horas da história principal e, apesar da premissa soar complexa e punitiva, acredite: Deathloop não é nada disso.

Mecânicas amigáveis

A ilha Blackreef é dividida por quatro distritos, que podem ser explorados em quatro períodos de tempo: manhã, meio-dia, tarde e noite.

O jogador precisa explorar os distritos para encontrar seus alvos, juntando informações o suficiente para descobrir quando e como será mais fácil aniquilar cada um deles.

O tempo não passa dentro dos distritos, apenas quando viaja entre eles. Portanto, pode demorar o quanto quiser em cada local.

Apesar de ter a liberdade de escolher o que fazer em seguida, o jogo não te deixa completamente solto pela ilha. As missões são Pistas, que podem ser selecionadas no menu e vão te guiar — ou, pelo menos, indicar a direção certa — do que fazer em seguida. Por isso, é difícil acabar perdido.

O que nos leva à interface que, sendo estilosa e fácil de entender, é quase como uma mecânica que auxilia o jogador, deixando informações, objetivos e pistas à disposição em poucos cliques. Aqui, conhecimento é poder, então o menu se torna uma parte importante para se organizar.

A interface também dá uma ajudinha ao seguir o caminho certo, acionando a Pista de um alvo

Ao explorar, a chance de morrer é grande: há inimigos em todos os cantos. E, como já foi mencionado, a morte pode sair bem cara.

Mas calma! Deathloop adota uma abordagem mais ao estilo roguelite, o que significa que existem mecânicas para tornar esse destino cruel mais fácil de ser suportado.

Desde o início, Colt tem uma “habilidade” que dá duas vidas extras, que recarregam ao viajar entre distritos. Ou seja, dá para morrer duas vezes em um local e, ao sair e entrar em outro, terá mais duas vidas de novo.

Então, na verdade, é preciso morrer três vezes em um só distrito para realmente reiniciar o loop.

Outra mecânica que torna a morte menos temida no jogo é a infusão, que faz com que o jogador possa manter armas e habilidades que deseja, sem perdê-las entre os ciclos.

Para usar a infusão com algum item, é preciso antes coletar Residuum o suficiente, que pode ser encontrado em objetos no ambiente

As habilidades são divididas entre Berloques, pequenas vantagens que podem ser aplicadas em Colt ou suas armas, e Placas, que dão poderes especiais — como teletransporte e finta rápida, uma espécie de dash.

A ideia de Deathloop é oferecer mecânicas que, se bem exploradas por quem está com o controle em mãos, tornam a experiência muito mais fácil.

Apesar de perder alguns itens e habilidades ao reiniciar cada loop, conhecimento é sempre agregado. Por exemplo, saber onde estão certos espólios ou onde inimigos estarão em horas específicas do dia são vantagens que ninguém tira do jogador.

E como é estiloso!

Meu primeiro pensamento em relação ao visual de Deathloop foi: “parece que Dishonored e Bioshock se encontraram em um bar temático dos anos 1960”.

A ambientação com objetos e detalhes antigos, a trilha sonora com toques de jazz e o bom humor dos diálogos constroem uma atmosfera nostálgica, imersiva e até calorosa, que curiosamente faz com que Blackreef seja convidativa, se não considerar os malucos mascarados que estão tentando matar Colt.

Os efeitos sonoros de ações simples, como acertar um headshot em um inimigo ou quebrar uma máquina de balas, ainda dão mais imersão à experiência.

Ouvir conversas de NPCs podem render informações... ou boas risadas!

O que esperar da versão final?

Até o momento, Deathloop conseguiu mostrar ser uma abordagem leve de roguelites, focando em ser uma experiência mais divertida, sem intenção de jogar desvantagens para o jogador o tempo inteiro.

A sensação de repetitividade, inerente ao sistema de ciclos, não chegou a incomodar por ter diálogos, interações e objetivos diferentes conforme a história avança. Mas fica a dúvida se essa fórmula vai conseguir se sustentar pelo game todo.

Também há dúvidas se o jogo continuará guiando o jogador pela mão em relação à história porque, nas primeiras horas, apenas as missões secundárias dão total liberdade e oferecem quebra-cabeças a serem desvendados sozinho. Mas seria interessante ver isso sendo aplicado também às missões principais em algum momento.

Vale ainda lembrar que Deathloop oferece modos online que envolvem a vilã Julianna, um dos alvos por trás dos mistérios de Blackreef. Então ainda há potencial de mais experiências diferentes.

Foram cinco horas em um universo com atmosfera e personalidade envolventes, que renderam várias surpresas e risadas. Agora, é só esperar para voltar para a ilha e acabar com o ciclo de uma vez por todas.


Este preview foi feito com uma cópia cedida pela Bethesda. Deathloop será lançado no dia 14 de setembro para PC e PlayStation 5.

Caso queira receber o jogo em primeira mão, a versão para PlayStation 5 já está disponível em pré-venda para você comprar na Amazon. Se você adquirir o game pelo nosso link, o Jovem Nerd pode receber uma comissão.

Veja mais sobre

Encontrou algum erro neste conteúdo?

Envie seu comentário

Veja mais

Utilizamos cookies e tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossas plataformas, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.
Capa do podcast

Saiba mais