Produtoras de filmes podem ser processadas por trailers com conteúdo enganoso, conforme indica um processo recente contra a Universal (via CBR).
No caso em questão, dois fãs da atriz Ana de Armas (Blade Runner 2049; 007 - Sem Tempo para Morrer) processaram a Universal em janeiro, alegando que alugaram o filme Yesterday (2019), após ver um trailer com a atriz.
Na época, Ana de Armas gravou cenas onde interpretava um interesse amoroso do protagonista, mas foi cortada do filme em seguida.
A equipe jurídica da Universal alegou que "um trailer constitui uma 'obra artística e expressiva' que conta uma história de três minutos que transmite o tema do filme e, portanto, deve ser considerado um discurso 'não comercial'".
Em resposta, o juiz distrital dos EUA, Stephen Wilson, rejeitou o argumento, afirmando que os trailers estão sujeitos à Lei de Publicidade Falsa da Califórnia e à Lei de Concorrência Desleal do estado, pois:
"um trailer é um anúncio projetado para vender um filme, fornecendo aos consumidores uma prévia do filme".
Ainda segundo o juiz distrital dos EUA, a lei de propaganda enganosa só se aplica quando uma "parte significativa" de "consumidores razoáveis" pode ser enganada.
Com direção de Danny Boyle (Trainspotting), Yesterday segue um cantor e compositor, que após sofrer um acidente, acorda em uma realidade onde apenas ele se lembra dos Beatles.