Em entrevista com a Uproxx, o diretor Duncan Jones falou sobre a dificuldade que é encontrar um estúdio que aceite seu roteiro sem fazer mudanças no orçamento ou enredo, remetendo à liberdade que apenas os serviços de streaming como a Netflix podem dar atualmente.
Você não pode trazer isso em um estúdio grande e esperar que eles apenas assinem no linha pontilhada. Não é do tipo que a maioria dos filmes são. Há algum tempo, era possível encontrar filmes com orçamentos medianos sendo apoiados por estúdios independentes para fazer longas com um orçamento entre US$ 20 milhões a US$ 40 milhões. E isso desapareceu. Sumiu. Está morto.
O diretor continuou explicando que se não fosse pela Netflix, provavelmente não existiria seu filme Mudo — e muitos outros por aí.
Deixar os cineastas fazerem as coisas do jeito que querem não encaixa no pensamento do estúdio. Então tenho que dar todos os créditos para a Netflix por possibilitar que filmes assim possam ser feitos. Confie em mim, estive há 16 anos tentando fazer esse filme, essa era a única maneira de fazê-lo.
Ambientado num futuro próximo, Leo (Alexander Skarsgård) é um bartender vivendo na cidade de Berlim. Por conta de um acidente na infância, Leo perdeu a habilidade de falar e a única coisa boa em sua vida é sua namorada, Naadira (Seyneb Saleh). Quando ela desaparece misteriosamente, Leo precisa procurá-la nas profundezas da cidade. Dois cirurgiões americanos são a única pista e Leo precisa se adentrar no submundo para encontrar seu amor.
O elenco conta com Alex Skarsgård, Justin Theroux, Gilbert Owuor e Paul Rudd.
Mudo chega à Netflix no dia 23 de fevereiro.