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Crítica | Atômica
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Crítica | Atômica

Lutas muito bem coreografadas, que vão deixar marcas até no público

Marina Val
Marina Val
31.ago.17 às 10h38
Atualizado há mais de 7 anos
Crítica | Atômica

Prepare o seu fôlego, pois Atômica é um dos filmes de ação mais intensos do ano. Com coreografias coordenadas pelo diretor David Leitch, que também co-dirigiu De Volta ao Jogo, e lutas que usam objetos de cena inesperados, no melhor estilo Jason Bourne, ele tem tudo para virar uma franquia de sucesso.

Charlize Theron está espetacular no papel da espiã Lorraine Broughton e executa as cenas de ação (muitas vezes sem dublê) com bastante realismo. Mais do que mostrar apenas tiros, porrada e bombas, o filme tem uma qualidade rara de trazer o cansaço e o peso das lutas para a protagonista e também os vilões.

Lorraine apanha quase tanto quanto bate e isso tem consequências. Em alguns momentos, os personagens literalmente se arrastam ofegantes enquanto tentam matar uns aos outros, deixando claro que são todos apenas humanos, embora muito bem preparados para combate corpo a corpo.

A trama se passa em 1989, às vésperas da queda do muro que dividia a cidade de Berlim. A guerra fria cria a ambientação perfeita para uma trama de intriga e espionagem na qual o tempo é limitado, os recursos são escassos e uma rede de mentiras aumenta cada vez mais.

Charlize Theron está espetacular no papel da espiã Lorraine Broughton e executa as cenas de ação (muitas vezes sem dublê) com bastante realismo. 

Enquanto as cenas de ação são intensas, o longa não se resume apenas a adrenalina e passa bastante tempo em segmentos focados apenas nas intrigas e na espionagem. Não é possível confiar em ninguém, pois qualquer um pode ser um traidor agindo em benefício próprio e o risco de a agente secreta ser descoberta é constante.

A época em que a trama se passa é bem pontuada pela trilha sonora que chega trazendo as batidas do Queen, David Bowie, New Order, Depeche Mode, The Clash e outros hits dos anos 1980. As músicas estão presentes tanto em suas versões originais, quanto em remixes modernos e quase todas têm referências óbvias ao próprio filme, como “Killer Queen” (Rainha Assassina) ou “She's Lost Control” (Ela Perdeu o Controle).

A história, entretanto, não é o ponto alto, mas é boa dentro de seu próprio contexto. Apesar de trazer reviravoltas interessantes, não é exatamente inovadora, nem estabelece uma mitologia própria, como acontece na franquia De Volta ao Jogo. Ela apenas oferece um motivo para a protagonista distribuir socos e pontapés enquanto ainda respeita a inteligência do espectador, deixando claro pontos importantes, sem colocar um vilão recitando todo um plano maquiavélico.

Atômica é um longa que deixa de lado grandes arsenais de armas de fogo ou ameaças que poderiam destruir o mundo como conhecemos e mira no que interessa: uma intriga contida e lutas muito bem coreografadas, que vão deixar marcas até no público. Mal posso esperar pela próxima missão de Lorraine.

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