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Conversamos com Gareth Edwards, diretor de Rogue One: Uma História Star Wars!
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Conversamos com Gareth Edwards, diretor de Rogue One: Uma História Star Wars!

Gareth Edwars falou sobre o amor sobre Star Wars, internet e muito mais!

Pedro Duarte
Pedro Duarte
05.abr.17 às 13h42
Atualizado há cerca de 8 anos
Conversamos com Gareth Edwards, diretor de Rogue One: Uma História Star Wars!

Rogue One: Uma História Star Wars chega em DVD e Blu-ray a partir de hoje no Brasil. Com o lançamento, tivemos a oportunidade de conversar com Gareth Edwards, o diretor do filme - que disse que viu Star Wars mais de 200 vezes!

O papo foi muito bacana, Gareth é um verdadeiro fã de Star Wars, entusiasmado com o resultado de Rogue One e bastante simpático! Conversamos sobre a parceria dele com Peter Jackson, representatividade, sobre como a internet e redes sociais podem afetar o que vemos no cinema!

O Blu-ray conta com extras como: entrevistas com o elenco, o desenvolvimento do visual do filme (para se manter como parte do universo Star Wars), os conceitos para a criação do Dróide K2SO, um especial sobre os easter-eggs do longa e muito mais.

Confira!

Jovem Nerd News: Eu li que você ligou para Peter Jackson quando você estava filmando a cena final com Darth Vader, como aconteceu esse encontro?

Gareth Edwards: O que aconteceu foi que o compositor da trilha sonora do meu primeiro filme, Monsters, foi compositor em um filme de Peter Jackson, Um Olhar do Paraíso. Então, eles me convidaram para visitar o set de O Hobbit, eu fui para a Nova Zelândia e fiquei por lá umas duas semanas vendo Peter Jackson dirigir. Eu queria retribuir o favor, mas como você pode fazer algo que chegue perto disso? E aconteceu que ele estava no Reino Unido quando estávamos filmando aquela cena, mas a agenda dele estava cheia e tudo o mais e eu achei que se ele soubesse o que estávamos fazendo, ele viria. Então uns 30 minutos antes eu mandei um SMS que dizia:

"Estamos gravando o Darth Vader agora" e ele veio bem na hora, foi um dia mágico. Além do trabalho que eu estava fazendo, eu tinha Peter Jackson acompanhando tudo comigo.

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Você gosta de ouvir outras opiniões quando está dirigindo ou você é um diretor que prefere se manter em sua visão. Que tipo de diretor você é? Como você administra o que os fãs querem e o que você quer fazer?

Eu acho que eu sou o maior fã de Star Wars do mundo. Então, eu quero agradar a mim mesmo na mesma proporção que quero agradar aos fãs. Eu via o original todos os dias, eu vi pelo 200 vezes quando eu era jovem. A parte mais difícil disso é que você ama tanto Star Wars que diminuir as expectativas é compliado. É difícil explicar para as pessoas o que são os sentimentos e emoções que temos por Star Wars, é quase algo inconsciente. Mas muitas pessoas na equipe tinham a mesma idade e a mesma paixão, então estávamos decidindo como o filme deveria ser e quando alguém da equipe dizia "isso é mesmo algo de Star Wars?" a gente decidia o caminho a seguir. É como alguém que aprende uma língua quando criança, você simplesmente fala...

É como um sentimento, é mais uma intuição (de como é o universo Star Wars)?

Se você foi uma criança que cresceu vendo televisão, você aprendeu uma língua, seja inglês, português, o que for. Nós fomos uma geração que cresceu vendo Star Wars, então aprendemos a falar Star Wars. É difícil explicar para as pessoas o que significa para nós.

Estamos vivendo um momento de busca por representatividade no cinema com personagens gays, mulheres fortes e protagonizando obras importantes. O que você acha disso, especialmente falando de personagens de Star Wars e do universo Disney?

Eu acho isso positivo, eu acho que quanto mais representamos o mundo, mais rico ele fica. Eu tive a sorte de ser um cara inglês e ver personagens ingleses, como eu, nos filmes de Star Wars, pessoas que eu poderia me identificar. Então eu acreditava que poderia ser como Luke Skywalker, que tinha cabelo loiro como o meu, e nunca queria brincar de ser o Han Solo na escola ou no playground, que tinha cabelo castanho. Eu acho que é muito poderoso quando nos vemos representados em tela e muitas pessoas foram ignoradas por muito tempo.

Estou muito orgulhoso do que fizemos e acho que isso vai ficar cada vez mais comum. Eu tenho esperança de que daqui a dez anos, quando fomos ver entrevistas como essa, nós achemos essas perguntas estranhas.

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Nós vimos muitas cenas no trailer que não vimos no filme. Como foi esse processo? Tudo foi filmado e só depois escolhido o que entraria ou não? Foi estressante alterar o resultado final do filme?

O que aconteceu foi que em um projeto desses você filma algo e não tem controle sobre o marketing, outras empresas fazem os trailers e os pôsteres e tudo o mais. E no processo as coisas vão mudando e evoluindo e coisas que filmamos ficam de fora do produto final, mas sempre explicamos que isso acontece. Pessoalmente, eu estou feliz com o resultado. É complicado, mas é comum em termos de diferença entre trailers e o filme. Mas Star Wars as pessoas estão ansiosas, elas assistem ao trailer várias vezes e analisam tudo quadro a quadro...

Sim, no Jovem Nerd, sempre que um trailer é divulgado, analisamos tudo! As pessoas estão consumindo tudo relacionado aos filmes. Seja uma foto divulgada no Instagram, uma postagem no Facebook, tudo vira notícia e é analisado. Você se sente pressionado por isso?

Às vezes é uma coisa boa, algumas coisas ganham mais força ou são editadas por causa da reação da internet. As pessoas reagem de uma maneira e os produtores dizem "nós temos que manter isso agora" ou "isso tem que sair". É uma via de mão dupla.

Tem uma cena em Uma Nova Esperança onde Luke precisa achar o alvo na Estrela da Morte e desliga o computador que rastreia tudo e as pessoas não tiveram uma reação positiva a isso [mas está no filme]. Então existe esse momento em que temos de nos desligar dessas opiniões e fazer o que achamos certo. Eu acho um elogio que as pessoas estão consumindo tudo.

Você ficou com algo do set?

Sim, eu fiquei com os planos da Estrela da Morte!

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