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Assistimos a Hitman: Agente 47
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Assistimos a Hitman: Agente 47

Uma hora e meia de personagens incapazes de gerar qualquer emoção no público

Marina Val
Marina Val
24.ago.15 às 12h00
Atualizado há mais de 9 anos
Assistimos a Hitman: Agente 47

Hitman: Agente 47 conta a história de assassinos geneticamente modificados, incapazes de ter sentimentos como remorso, raiva ou medo, e, ironicamente, o filme é um retrato perfeito disso: uma hora e meia de personagens incapazes de gerar qualquer emoção no público.

O Agente 47 (Rupert Friend) tem como missão descobrir a localização de um dos cientistas responsáveis pelo experimento que o criou e impedir que uma organização chamada Sindicato (por favor não confundir com a organização maligna de mesmo nome que existe em Missão: Impossível – Nação Secreta) de criar um exército de assassinos iguais a ele.

Para isso, ele precisa da ajuda de Katia (Hannah Ware), filha do cientista que supostamente possui a chave para encontrá-lo. Porém, um rival que atende apenas pelo nome de John Smith (Zachary Quinto) também está em busca da moça.

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Começando pelo mais básico, este é um filme cujas cenas de ação são medianas. Nenhuma tem um trabalho de câmera bem executado ou uma coreografia particularmente boa, além de efeitos de computação gráfica nos momentos que envolvem perseguições em carros e destruição que não conseguem ser muito convincentes. Não chega a ser exatamente ruim, só parecem um tanto defasados.

Explorando outra característica presente nos jogos nos quais o longa é inspirado, há uma passagem que envolve um personagem usando furtividade para fugir das câmeras em um aeroporto. Era claramente para ser um momento de tensão, mas funciona quase como um alívio cômico de tanto que os disfarces são forçados; chega ao ponto de parecer um exagero de desenho animado ou de um episódio de Mr. Bean. Poderiam até usar a música tema de A Pantera Cor de Rosa que ficaria perfeito.

Falando em exageros, não existe um único diálogo que não seja composto unicamente por frases de impacto. O roteiro parece um compilado de mensagens de biscoito chinês da sorte e às vezes fica até difícil de estabelecer conexão entre uma sentença e outra.

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Para piorar, a história tem mais furos que os carros das cenas de perseguição. Coisas que são estabelecidas em um momento são completamente quebradas no minuto seguinte. Informações são simplesmente jogadas aleatoriamente no colo do espectador sem nenhum motivo aparente.

Quando o filme começa a enveredar para o caminho do drama e faz uma grande revelação, a vontade é de dizer simplesmente “Não, para com isso. Sério, só cala boca! Já tá feio”. Em vez de um impacto emocional, ele se torna mais um momento de vergonha alheia.

Hitman: Agente 47 parece uma desculpa para deslocar uma equipe para cenários bonitos e hotéis caros do que uma tentativa séria de entregar um bom filme. Mesmo se você for muito fã dos jogos nos quais o longa é baseado, dificilmente vai ter uma experiência prazerosa no cinema.

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