Ao longo dos últimos dias, tornou-se impossível frequentar a internet sem se deparar com notícias sobre o estranho caso do submarino que desapareceu, no Canadá. Toda a história é marcada por fatos curiosos e decisões questionáveis, e qual aspecto priorizar depende muito da sua bolha. Para os gamers, ficou em evidência o fato de que o submarino é controlado por um joystick de videogame.
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Operada pela empresa OceanGate, a expedição tinha como objetivo visitar as ruínas submersas do Titanic. Assim que as notícias do desaparecimento começaram a circular, uma entrevista com o CEO Stockton Rush, conduzida pela CBS no início de 2023, foi resgatada. No vídeo, o executivo mostra o interior do compacto submarino, e demonstra que o veículo recebe seus comandos por meio de uma versão levemente modificada do joystick Logitech G F710.

Os controles usados para tais finalidades não são exatamente iguais aos utilizados para zerar God of War, ou então trocar tiros em Call of Duty. Os dispositivos passam por modificações, dependendo de seu uso. Há motivos de sobra para essa combinação tão inusitada: são equipamentos baratos, amplamente disponíveis e fáceis de achar.
Além disso, controles são minimamente intuitivos de serem usados, especialmente por militares e operadores mais jovens, que podem ter crescido com bastante proximidade aos games. Essa lógica é prevalente ao ponto de inspirar o design de tecnologia militar. O armamento do M-SHORAD, veículo blindado que é utilizado pelo exército norte-americano, não chega a utilizar um joystick de Xbox ou PlayStation, mas seus controles seguem o mesmo padrão e visual que um gamepad.

De qualquer forma, a relação entre videogames e uso militar dificilmente se limita a isso. Ao longo da história dessa mídia, há uma infinidade de casos que demonstram proximidade entre as áreas, desde militares prestando consultoria no desenvolvimento de jogos, até mesmo o exército dos EUA utilizar uma série de PlayStation 2 para criar um supercomputador.
No fim das contas, a tecnologia engloba todo tipo de finalidade, e os videogames apenas são outra forma de testar novas ideias, aparelhos e técnicas. Esse conhecimento, depois, pode sim encontrar novos usos no cinema, televisão, cotidiano e, sim, equipamentos militares e de lazer.