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Como foi testar o Kraken Kitty V2 BT, da Razer, por algumas semanas
Ciência e Tecnologia

Como foi testar o Kraken Kitty V2 BT, da Razer, por algumas semanas

Experiência provou que escolher um bom headset pode ser uma saga desafiadora

Camila Sousa
Camila Sousa
16.nov.23 às 12h07
Atualizado há cerca de 1 ano
Como foi testar o Kraken Kitty V2 BT, da Razer, por algumas semanas
(Kraken Kitty V2 BT/Reprodução)

Posso dizer sem muitos rodeios que já tive (e ainda tenho) fones de ouvido e headsets dos mais variados tipos, incluindo, mas não limitado a, fones comuns, fones sem fio, headsets com fio P2, headsets USB, headsets sem fio e por aí vai.

Gosto de ouvir música desde os 10 anos de idade (com preferência para o rock), e sempre valorizei a qualidade de som e praticidade de uso no dia a dia. Neste contexto, testei o Kraken Kitty V2 BT, da Razer, por algumas semanas, e tenho fortes (e curiosas opiniões) sobre ele.

O charme do fone de gatinho

Uma das primeiras coisas que chama atenção no Kraken Kitty V2 BT é o visual. Recebi o headset na cor Quartzo Rosa, que não chega a ser nem pink nem rosa bebê - é um tom agradável entre essas opções, que combina bastante com um setup (gamer ou não) voltado para o rosa.

Combinando com as cores estão as orelhas de gatinho, já conhecidas de outros modelos da Razer, que são um charme à parte. Contando com luzes RGB, as orelhinhas têm um bom tamanho: não são nem grandes ao ponto de incomodar, nem pequenas o suficiente para não serem notadas.

Além das orelhas, as luzes RGB também marcam presença na lateral do headset, com o logo da marca. É preciso destacar ainda os detalhes na cor cinza, especialmente nas almofadas do headset e na parte superior. O tom escolhido combina com o rosa, deixando todo o modelo com um leve tom pastel.

De modo geral, é um headset que se destaca pelo visual, embora tenha alguns problemas de uso pelo caminho.

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Conforto e conexões

Como dito acima, o Kraken Kitty V2 BT conta com diversas almofadas na cor cinza, voltadas para o conforto. Pelo lado positivo, o modelo não dá a sensação de “aperto” na cabeça, mesmo com horas de uso, e possui até nove níveis de ajuste, para ficar maior ou menor. Infelizmente, isso não impede que o headset gere um certo desconforto por conta do peso.

Após algumas horas com ele, seja para trabalho ou jogos, há um sentimento de que as laterais começam a pesar, fazendo com que o usuário sinta a necessidade de tirar um pouco o acessório para descansar. Para um headset com proposta gamer, essa pode ser uma questão e tanto, afinal, muitos jogadores precisam ficar horas e horas conectados, e tal sensação até pode tirar a imersão em alguma partida.

Kraken Kitty V2 BT O Kraken Kitty V2 BT possui um bom ajuste de tamanho, com até 9 níveis (Reprodução)

De forma curiosa, isso contrasta bastante com o conforto inicial sentido com o headset. Para uma reunião de uns 20 minutos, o Kraken Kitty V2 BT beira a perfeição. Mas, a partir de 50 minutos/1 hora, já é possível sentir o desconforto do peso nas laterais.

Por conta disso, o modelo pode ser considerado robusto, embora a qualidade de som não seja tão absurda. Não estou dizendo que o som não é bom — testei o headset com músicas, jogos e reuniões — e a qualidade de som e microfone é boa. Mas há resultados semelhantes (e até superiores) em modelos mais leves, que não geram tal “cansaço”.

Mas o ponto que mais incomodou na utilização do dia a dia foram as conexões do Kraken Kitty V2 BT com os próprios softwares de suporte da Razer. Ao receber o headset, ficou claro que não há um ajuste do RGB no próprio item, é preciso instalar o Razer Synapse para fazer tal configuração. É importante dizer que a conexão sem fio (Bluetooth) pode ser feita sem tal programa, porém quem escolher essa opção fica com a luz do RGB limitada à cor branca.

Após entender esses passos, fiz a instalação e o processo inicial foi tranquilo. O software reconheceu o headset e disponibilizou informações de quantidade de bateria disponível e opções para personalização das luzes. Após os ajustes, o resultado foi visualmente satisfatório. Existem várias opções de cores e movimentos, que podem combinar com mouses e teclados com RGB, por exemplo.

No entanto, o software demonstrou certas instabilidades durante pelo menos uma semana. Após uma atualização, o Synapse simplesmente parou de reconhecer a conexão com o Kraken Kitty V2 BT, que ficou com as luzes brancas. Nem a solução de problemas da própria Razer deu jeito. Confesso que isso gerou desânimo no uso do headset, que já estava pesando (literalmente) no dia a dia. A questão só foi resolvida quando o software teve mais uma atualização e, da mesma forma que parou de reconhecer o item, voltou a conectar e ter os ajustes de luzes — e continua assim até o momento de publicação deste texto.

Há momentos em que o headset desconecta do Bluetooth, indicados com um aviso sonoro no próprio fone, e reconecta em seguida sem muitas explicações. Tal problema ocorreu em mais de um dispositivo e gerou alguns momentos de pânico, como a desconexão durante a gravação de um podcast, por exemplo. Vale lembrar que essa desconexão é diferente do desligamento por inatividade, que pode ser ajustado no software Synapse.

Carregamento e veredito

Como vários itens da Razer, o Kraken Kitty V2 BT é enviado em uma bonita embalagem. Há uma proteção especial para o headset, manual de instruções básicas e o cabo de conexão USB tipo C para carregamento, também na cor Quartzo Rosa.

Sobre a bateria e carregamento, o item entrega as prometidas quase 40 horas de uso, durando vários dias de um expediente de trabalho. Esse tempo pode ter variações de acordo com a utilização, mas é comum até esquecer qual foi a última vez que o headset foi carregado – o que pode ser bom ou ruim.

Kraken Kitty V2 BT A Razer caprichou na apresentação do Kraken Kitty V2 BT (Reprodução)

O Kraken Kitty V2 BT tem apenas a conexão USB-C, o que, na prática, quer dizer que não é possível utilizar o headset quando ele está descarregado ou carregando. O cabo enviado pela Razer é curto, então ainda que a conexão sem fio via Bluetooth com o computador/celular seja possível durante o carregamento, não há espaço para movimentação: é preciso esperar. Essa característica é semelhante a outros modelos do mercado, mas confesso que senti falta de uma possível conexão P2 ou mesmo USB que permitisse o uso do headset mesmo descarregado. Se você esquecer de completar a bateria, ele pode te deixar na mão.

No papel de “sommelier de fones de ouvido” em que me coloquei neste texto, é com um certo peso no coração que digo que não escolheria o Kraken Kitty V2 BT entre as opções no mercado. Apesar de visualmente lindo e com qualidade de som satisfatória, o item não entregou o que eu esperava e apresentou algumas questões que incomodam no uso do dia a dia – que é exatamente quando precisamos do headset funcionando bem e sem problemas de conectividade com os softwares da própria Razer.

Por enquanto, volto para o uso do meu velho headset P2, deixando o Kraken Kitty como uma opção para dias em que quero que o foco seja o visual e não a praticidade.

Ficha técnica Kraken Kitty V2 BT

Duração aproximada da bateria: Até 40 horas de bateria com o carregamento Tipo C

Peso aproximado: 325g

Tipo de driver: Razer™ TriForce

Sensibilidade do Microfone: -42 dBV / Pa (integrados nas conchas auriculares)

Cancelamento de ruídos: Sim

Padrão de captação: Omnidirecional

Tamanho do driver: 40 mm

Tipo de conexão: Bluetooth 5.2


Esse texto foi feito com um headset Kraken Kitty V2 BT enviado pela Razer.

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