Logo do Jovem Nerd
PodcastsNotíciasVídeos
O que aconteceu no final de The Walking Dead
Séries, TV e Streaming

O que aconteceu no final de The Walking Dead

Após 12 anos no ar, série chega ao fim com episódio cheio de ação, emoção e pontas soltas para o futuro da franquia

Arthur Eloi
Arthur Eloi
21.nov.22 às 16h55
Atualizado há mais de 2 anos
O que aconteceu no final de The Walking Dead
The Walking Dead/AMC/Divulgação

Após muitos altos e baixos, trocas de showrunners, entradas e saídas do elenco, The Walking Dead enfim chegou terminou no último domingo (20), com a transmissão do capítulo final da 11ª temporada.

Durante todo o período em que ficou no ar, desde outubro de 2010, o seriado deu vida nova ao gênero de zumbis, conquistou recordes de audiência nos EUA e no mundo, se tornou fenômeno cultural, e despencou de popularidade e número de espectadores. Agora, doze anos depois, a série principal foi concluída depois de uma última temporada estendida, com 24 capítulos.

[Cuidado! Spoilers da última temporada e do final de The Walking Dead abaixo]

Intitulado de “Descanse em Paz”, o capítulo final de The Walking Dead retoma a intensa briga entre os sobreviventes e a polícia armada de Pamela Milton (Laila Robins), a governadora do Reino (ou Commonwealth) - comunidade gigantesca que praticamente funciona como uma cidade do pré-apocalipse, com energia elétrica, segurança e confortos do antigo mundo.

A última temporada foi dedicada a explorar toda a sujeira que Milton e seus aliados cometem para manter a cidade funcionando, como o desaparecimento de oponentes políticos ou o saqueamento dos recursos de outras comunidades menores.

Com uma hora de duração - ou seja, um pouco mais longo que os tradicionais 45 minutos semanais -, o episódio dedica sua primeira metade para a luta de Daryl (Norman Reedus) para socorrer Judith (Cailey Fleming) após a filha de Rick Grimes ser baleada no ombro por Pamela. Além da briga contra os soldados do Reino, os sobreviventes ainda precisam lidar com uma das maiores hordas de mortos-vivos que já enfrentaram, que vagam na direção da comunidade.

Como é de se esperar, todo tipo de desgraça acontece. Os protagonistas conseguem salvar a garota ao se refugiar em um hospital, mas não demora para o lugar ser tomado pelos zumbis. Luke (Dan Floger) vira comida de defunto e Rosita (Christian Serratos) é mordida ao acidentalmente cair na horda após resgatar sua filha bebê. Por mais que a ambientação não fique por todo o episódio, há sim um paralelo no fato de que a série começa e termina com cenas memoráveis de caos em hospitais, em um sutil aceno ao excelente piloto.

Após toda a ação, os sobreviventes conseguem se refugiar dentro do Reino, graças à ajuda de Mercer (Michael James Shaw), o chefe da polícia armada da comunidade que passa a liderar a revolução dos soldados contra Pamela Milton. Nesse breve momento de sossego, Eugene (Josh McDermitt) descobre a mordida de Rosita, que já aceitou o seu destino. Isso é retomado mais tarde, quando todo o grupo tem a chance de se despedir dela, que conquista uma morte pacífica deitada ao lado da filha que tanto lutou para salvar.

Conclusões e pontas soltas

Final de The Walking Dead deixou ganchos para vários derivados que já estão em desenvolvimento

Outro arco que ganhou bastante espaço na temporada final é retomado aqui: a dinâmica entre Negan (Jeffrey Dean Morgan) e Maggie (Lauren Cohan). O ex-vilão teve uma longa jornada de redenção, especialmente ao se apaixonar por uma mulher chamada Anne e descobrir que será pai em breve. Por entrar de cabeça nessa fase paterna, passou a se arrepender do sufoco que colocou Maggie ao matar Glenn (Steven Yeun), já que ela precisou criar seu filho sozinho após o marido ser assassinado.

Negan enfim se desculpa por ter assassinado Glenn e por toda a dor que causou. Maggie, não aceita mas, ao final do episódio, afirma que quer aprender a perdoar. Além de mostrar progresso na relação conturbada dos dois, isso deixa as portas abertas para The Walking Dead: Dead City, série derivada que será protagonizada pela dupla, sem data de lançamento até o momento.

Dead City não é o único projeto derivado da franquia que ganha um aceno no finale, mas antes disso, os sobreviventes precisam resolver suas desavenças no presente. Mercer reúne tropas para se voltar contra Pamela Milton, que mantém a população do Reino isolada do lado de fora dos muros, prestes a serem devorados pela enorme horda de zumbis. Quando o grupo chega para confrontá-la, não é preciso muito além de bom senso (e um discurso de Daryl) para que os guardas da governadora se voltem contra a líder.

Os portões são abertos, a população é resgatada, e eles bolam um plano para eliminar o máximo de mortos-vivos de uma vez só: atraí-los para a praça central da cidade com música (“Cult of Personality”, do Living Colour, especificamente), e detonar todo o suprimento de combustível inflamável. A grande explosão simplesmente cria uma cratera de zumbis flamejantes, aniquilando a ameaça do grande grupo.

Pamela Milton é presa, e os sobreviventes se comprometem a reconstruir o Reino de forma mais democrática e inclusiva. Após a morte de Rosita, um salto temporal de um ano mostra que o plano deu certo, e que a cidade agora é tocada por Mercer e Ezekiel (Khary Payton), que servem à população ao invés de seus interesses próprios. A conclusão da série é uma reunião entre todos aqueles que sobreviveram, jurando reconstruir a sociedade sem se moldar pelo problemático velho mundo.

Depois disso, é hora de olhar para o futuro. Daryl se despede de Judith e Carol (Melissa McBride), e parte mundo afora em busca de Rick Grimes. Sua procura, porém, levará a rumos inesperados, visto que o personagem estrelará um série própria ambientada na França, que pode ainda ter a participação de Carol. Inclusive, o diálogo final entre os dois serve como despedida, mas ambos deixam a possibilidade de se encontrarem novamente em aberto.

O tão antecipado momento da volta de Rick Grimes (Andrew Lincoln) é o que realmente encerra a série principal. Fora do programa desde 2018, o protagonista é visto na cena final, escrevendo cartas para lançá-las ao mar, em textos que relembram sua trajetória e todos aqueles que morreram pelo caminho. Quando a câmera abre, podemos vê-lo na beira de um lago, em uma cidade que pode ser Nova York, sendo perseguido por um helicóptero da República Civil Militar, organização bastante explorada em The Walking Dead: World Beyond.

Em contrapartida, também vemos Michonne (Danai Gurira) escrevendo cartas para Judith e RJ (Antony Azor), seu filho. Na narração, ela fala sobre sentir saudades das crianças, e reforça seu compromisso em encontrar Rick. Os caminhos dos dois personagens devem se cruzar novamente em uma minissérie - que, inicialmente, havia sido planejada como uma trilogia de filmes. Esse é o mais ambicioso projeto do universo estendido, e contará com o retorno de ambos os atores. Mesmo sem título, a estreia está prevista para algum ponto de 2023.

Dessa forma, The Walking Dead chega ao fim com uma despedida emocionante, com um vídeo que mostra os personagens que resistiram comemorando sua sobrevivência. Ao mesmo tempo, a conclusão deixa propositalmente diversas pontas soltas para relembrar que esse apocalipse está longe de acabar.

A 11ª temporada da série, assim como todas as anteriores, estão disponíveis no catálogo do Star+.

Encontrou algum erro neste conteúdo?

Envie seu comentário

Veja mais

Utilizamos cookies e tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossas plataformas, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.
Capa do podcast

Saiba mais