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The Last of Us Part II | Neil Druckmann explica as mudanças em Ellie e no mundo do jogo
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The Last of Us Part II | Neil Druckmann explica as mudanças em Ellie e no mundo do jogo

Entrevistamos o diretor do jogo para saber o que está por vir

Marina Val
Marina Val
26.set.19 às 13h14
Atualizado há mais de 5 anos
The Last of Us Part II | Neil Druckmann explica as mudanças em Ellie e no mundo do jogo

Depois de jogarmos quase três horas de The Last of Us Part II, nós tivemos a oportunidade de conversar com Neil Druckmann, diretor do game, sobre o que vimos para entender um pouco mais do contexto e também do que está por vir.

Neil Druckmann, diretor de The Last of Us Part II

Uma característica que chamou atenção, até mesmo nos trailers, foi a mudança de Ellie. O ar de ingenuidade que ela tinha no primeiro foi perdido. Druckmann explicou que a mudança começou pelos traumas dos eventos do primeiro jogo, quando ela teve que assassinar uma pessoa para salvar Joel no Hotel e também ao matar David para se defender. Por mais que ela tente superar isso e viver uma vida normal, tem muita bagagem acumulada com a qual ela nunca lidou e que agora vai explodir:

Ellie tem muita raiva dentro dela, e fúria, que está meio que dormente. Então, quando acontece um evento [em The Last of Us Part II] e fazem mal a ela, esse ódio desperta e ela quer acertar as contas. E a maneira que ela encontra é fazer essas pessoas pagarem no conceito de olho por olho. Onde isso a leva e como a altera, posso dizer que isso a faz mudar e a afeta de muitas maneiras, influencia nos relacionamentos que ela tem com as pessoas ao redor dela, mas não vou entrar em especificidades, pois quero que você experimente por si mesmo.

Ellie em The Last of Us Part II Ellie em The Last of Us Part II

Para entender o que aconteceu durante os quatro anos que se passam entre o primeiro e o segundo título, teremos alguns elementos para dar contexto, mas o diretor do jogo preferiu não entrar muito em detalhes sobre eles vão aparecer, só adiantou que "Você descobrirá sobre [os eventos do passado] de várias maneiras diferentes. Às vezes os personagens vão falar sobre eles, às vezes você vai encontrar algumas coisas... e é só isso que eu vou falar."

Ele também explicou que o grupo de resistência que conhecíamos, os Fireflies, debandaram e não existem mais da maneira que existiam. Entretanto, em outras partes dos Estados Unidos, outros grupos haviam se formado e agora você vai encontrar com pelo menos um deles:

Também existe o WLF, a Frente de Libertação de Washington [Washington Liberation Front, no original] e eles são similares ao mesmo tempo que são diferentes [dos Fireflies]. Eles são similares no sentido de que eles se sobrepuseram aos militares e dominaram a área de quarentena, mas a maneira que eles operam e os objetivos são bem diferentes dos Fireflies.

Durante a conversa com os jornalistas, Druckmann foi questionado sobre se a equipe leva em consideração que alguns temas, como drogas e relacionamentos LGBT, podem ser considerados considerados tabu em determinadas partes do mundo. Ele enfatizou que, acima de tudo, a equipe prioriza a história que está sendo contada:

Em diferentes partes do mundo, coisas diferentes são controversas. No Japão, você não pode mostrar alguns tipos de violência, em alguns lugares, nudez pode ser um problema, em outros, drogas podem ser um problema. Eu vou adiantar que nós entramos em todas essas questões nesse jogo e nós sempre estamos fazendo o que o jogo precisa. Sinceramente, nós não pensamos muito nisso de o que poderia ser controverso. Nós focamos em o que gostaríamos de experimentar em um jogo, que tipo de relacionamento nós não vimos em um jogo, isso é uma questão muito mais importante para nós do que pensar se vai ser controverso.

O diretor enfatiza que é muito mais interessante passar uma ou várias fases explorando o romance entre personagens em um jogo de ação sobre buscar justiça, já que a violência que surge a partir disso se torna muito mais interessante: "Se é só sobre 'violência, violência, violência', vai ficar tedioso, nós sabemos disso. "

Ellie e Dina em The Last of Us Part II Ellie e Dina em The Last of Us Part II

As mudanças de The Last of Us II em relação ao seu antecessor não se limitaram apenas à história e à evolução dos personagens. Com um hardware mais potente, algumas limitações que, segundo Druckmann, restringiam até a quantidade de inimigos e animações por tela, foram eliminadas. As possibilidades aumentaram e talvez fosse até possível fazer um mundo aberto, mas a equipe achou que isso não seria uma boa ideia.

Nós não sentimos que mundo aberto seria a escolha certa pra [The Last of Us Part II] por conta do que estávamos tentando contar e mundo aberto pode perder a tensão. Se você tem que fazer algo específico ou salvar alguém, mas você tem que fazer essas 10 outras coisas, isso não cria a tensão correta que precisávamos. Entretanto, às vezes nós queremos que esse jogo faça a Ellie sentir que está perdida. Nos podemos colocá-la no centro de Seattle e mandar explorar. Você não sabe para onde tem que ir, mas aqui estão alguns lugares interessantes. Suba no seu cavalo e veja o que tem lá.

https://jovemnerd.com.br/nerdbunker/the-last-of-us-part-ii-nao-tera-multiplayer/


A jornalista viajou a Los Angeles para participar de um evento de The Last of Us Part II fechado para a imprensa, a convite da PlayStation. O jogo será lançado em 21 de fevereiro em 2020 para PS4.

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