Dando continuidade aos acontecimentos de Star Wars: The Clone Wars, a série animada Star Wars: The Bad Batch conta a história do grupo conhecido como Clone Force 99, apresentado na sétima temporada de Clone Wars.
Formado por Hunter, Wrecker, Tech, Crosshair e Echo, o grupo ganhou o apelido de "lote ruim" por serem clones que não apresentam exatamente as características dos outros. Apesar disso, as diferenças os tornam especialistas em diferentes áreas: tecnologia, precisão, força, etc. Com isso, quatro deles se reuniram e formaram uma equipe de elite, recebendo Echo como quinto membro após The Clone Wars.
The Bad Batch nos joga diretamente na ação, usando como ponto de partida a fatídica Ordem 66 para eliminar todos os Jedi e iniciar o império de Palpatine. Mas não é necessário ter nenhum tipo de conhecimento prévio do assunto para entender a trama da série.
Durante uma mesa redonda com representantes de vários veículos, incluindo o NerdBunker, o produtor executivo da série Brad Rau comenta que essa foi uma decisão muito importante na hora em que estavam desenvolvendo The Bad Batch:
Queríamos que fosse algo que, mesmo se você não tiver familiaridade com Clone Wars, você pode ir direto para a série e não vai perder nada. Porém, caso você conheça mais do universo de Star Wars, sentimos que a experiência será ainda mais recompensadora.
Explorando os efeitos imediatos da Ordem 66 e do fim da guerra, a série mostra que nem todo mundo ficou descontente com a instalação do império. Mas este não é o caso para o quinteto protagonista, que vê sua liberdade sendo limitada. Jennifer Corbett, roteirista e produtora executiva, explica:
Foi divertido explorar os sentimentos [do Bad Batch] porque com a República, eles tinham muita liberdade e não precisavam reportar para ninguém, com exceção do Comandante Cody as vezes. Mas o império faz as coisas de um jeito diferente e definitivamente quisemos mostrar como o grupo reage a isso.
Corbett também comenta que parte do enredo é sobre mostrar como os integrantes do grupo lidam com o fim da guerra em si:
Estes são clones que foram feitos para serem soldados e trabalhar para a República, mas agora que tudo mudou, eles se questionam onde se encaixam e pertencem, porque a guerra acabou, então qual o propósito deles agora?
O grupo também conhece Omega, uma garotinha curiosa que traz à tona o tema de família e novas preocupações para os experientes soldados, ajudando-os a descobrir um novo propósito após a guerra.
Revelando um pouco dos bastidores da animação, Rau e Corbett comentam que um único episódio pode chegar a levar um ano inteiro para ser feito. Dito isso, a dupla também afirma que é necessário trabalhar em múltiplos episódios ao mesmo tempo: "Geralmente temos cerca de 20 episódios sendo desenvolvidos ao mesmo tempo, o que é desafiador mas nos mantém alertas", segundo Rau.
Além de ter que desenvolver vários episódios simultaneamente, a equipe também teve que encarar outro desafio durante a produção de The Bad Batch: o COVID-19. Segundos os produtores, a pandemia não afetou a qualidade da série, mas tornou os processos mais longos e lentos.
Um aspecto curioso da série é que os protagonistas possuem o mesmo ator de voz: Dee Badley Baker. Em mesa redonda, o ator conta que trabalha com palavras-chave para diferenciar a interpretação de cada um dos membros do Bad Batch.
Baker também conta que os personagens passam por transformações ao longo da história e que tenta refletir isso na voz de cada um. As mudanças são mais perceptíveis em Echo, que mudou mais drasticamente desde que o vimos pela primeira vez em Clone Wars.
O ator descreve o processo de dublar cinco personagens como "solitário" e "colaborativo", explicando que muitas vezes ele grava as falas sozinho, contracenando com ele mesmo e que outras vezes conta com a ajuda dos produtores. Baker também comenta que, antes da pandemia, os atores se reuniam para gravar simultaneamente em conjunto.
Star Wars: The Bad Batch chega ao Disney+ em 4 de maio de 2021, com um episódio de 70 min de duração.