Segundo a CNN, os cientistas responsáveis pela criação dos xenobots, primeiros robôs vivos, afirmam que eles aprenderam a se reproduzir de uma forma totalmente diferente dos humanos e plantas.
Os xenobots foram apresentados em 2020, criados a partir de células-tronco das rãs-de-unhas-africana (Xenopus laevis), de quem também tiraram inspiração para o nome. Na época foi divulgado que eles eram capazes de se mover, trabalhar juntos e se curar.

De acordo com o site, os responsáveis pela criação perceberam agora que os xenobots criaram uma reprodução biológica totalmente inédita. Michael Levin, um dos autores da nova pesquisa, afirmou que:
“Fiquei surpreso com isso. Os sapos têm um tipo de reprodução própria, mas quando você libera essas células em um novo ambiente, você dá a elas a chance de se adaptar ao novo ambiente. [Essas células] não apenas aprenderam uma nova forma de se movimentar, mas também descobriram uma nova forma de se reproduzir, aparentemente.”
Josh Bongard, que comandou o estudo, afirma que esse tipo de ação é muito rara e só acontece em circunstâncias específicas. No caso dos xenobots, a reprodução percebida é chamada de “cinética”, com um xenobot em formato de uma letra C, que é capaz de encontrar células, reuni-las em sua “boca” e, alguns dias depois, essas células são liberadas como novos xenobots.

No momento, os robôs vivos são criados em laboratório e não têm nenhuma aplicação prática, embora possam ser úteis para tarefas envolvendo o meio-ambiente e o corpo humano, como pesquisas científicas, coletas de micro plásticos dos oceanos, etc.
“Há muitas coisas que são possíveis se tirarmos vantagem desse tipo de plasticidade e capacidade das células em resolver problemas”, completa Bongard.