Quem já assistiu Meninas Malvadas, sabe que o dia 3 de outubro é importante para a trama do filme, já que esse é o dia em que toda a história de Cady (Lindsay Lohan) começa. Não bastasse isso, 3 de outubro de 2018, popularmente conhecido como hoje, é uma quarta-feira, e todo mundo que viu o longa sabe que "usamos rosa nas quartas-feiras". Ou seja, é um dia especial para ser fã de Meninas Malvadas!
O filme, que chegou aos cinemas brasileiros em 9 de julho de 2004, foi muito importante para toda uma geração, e hoje é considerado um clássico cult. Por isso, reunimos aqui alguns dos motivos para o longa continuar sendo tão popular, pelas palavras de pessoas envolvidas na produção.
Ele falou de temas importantes sem querer dar lição de moral
Em entrevista ao CBS Sunday Morning, a roteirista Tina Fey explicou que a inspiração para o filme veio a partir de um livro de sociologia chamado Queen Bees and Wannabes, de Rosalind Wiseman, que fala sobre o comportamento agressivo de meninas do Ensino Médio e como elas se juntam em grupos que costumam segregar outras garotas que não fazem parte da patota. Fey diz que desde o começo queria tratar desse tema de maneira séria, mas sem ser pedante e transmitindo uma mensagem positiva ao público. "Nós nunca quisemos que fosse uma palestra sobre pessoas que são cruéis umas com as outras", conta, "nós achamos que se achássemos boas piadas para fazer com isso, conseguiríamos dar algum alívio [para jovens que estão passando por essa fase], conseguiríamos reconhecer esse tipo de comportamento, dar um nome a ele, mostraríamos o quão ridículo ele é. Mas nunca foi nossa intenção darmos uma palestra sensacionalista sobre pessoas cruéis, sempre quisemos apresentar essas personagens como pessoas reais.
De certa forma, o filme continua atual
Mesmo tendo sido lançado há 14 anos, o filme continua atual, de certa forma, e, por isso, continua conquistando fãs de diversas idades ao redor do mundo que se identificam com as situações mostradas no longa. Conversando com a Variety, Fey falou sobre isso: "É uma história sobre mulheres que agridem umas as outras. Mas hoje em dia esse comportamento cresceu em escala na sociedade inteira, e você pode ver ele em todos os lugares. Você pode ver as pessoas sendo horríveis umas com as outras nas redes sociais. É um comportamento que só ficou ainda mais louco".
É uma história muito engraçada
Mesmo tratando de assuntos delicados, o filme sempre se enxergou como uma comédia, e investiu pesado nisso. Jeff Richmond, marido de Fey e compositor das canções da versão musical do longa, que está em cartaz na Broadway, disse ao Washington Post que uma das principais razões que o levou a querer adaptar o projeto para o teatro é a comédia. "É um roteiro muito engraçado", disse, "eu sinto que é um roteiro muito divertido, e muito forte, e tudo ao redor apoia isso", concluiu.
O filme soube trazer várias linguagens diferentes
Por ser uma história sobre grupos diversos convivendo em uma mesma escola, o filme traz várias linguagens diferentes, adequadas a cada uma dessas patotas. Richmond reconhece isso como algo positivo, e conta que quis manter esse elemento na versão musical do longa. "É um espetáculo ambientado no Ensino Médio, e essas crianças representam vários estereótipos diferentes, e por isso não deveriam todas cantar no mesmo estilo e com o mesmo vocabulário, e o estilo das músicas precisava refletir quem eles são".
Com isso, tanto o longa como a peça de teatro souberam dialogar com vários grupos diversos de jovens, desde a patricinha que sempre está de rosa até a nerd introvertida que precisa se sentar longe dos adolescentes populares.
Meninas Malvadas teve uma continuação em 2011, mas o projeto não foi um sucesso de público e nem de crítica. Há alguns anos, Lindsay Lohan vem pedindo para que Meninas Malvadas 2 seja desconsiderado e uma sequência com o elenco original seja produzida. Por enquanto, não existem planos para isso.