Overwatch 2 está em uma situação meio atípica na indústria. Enquanto é muito esperado por alguns, também é uma grande dúvida para outros. No entanto, seja como for, o objetivo do jogo é claro para todos: reviver uma franquia que perdeu o fôlego no caminho.
A convite da Blizzard, tivemos a oportunidade de participar do beta fechado e testar as principais mudanças na jogabilidade para ter uma ideia melhor do que esperar do game.
A dinâmica do 5v5
A principal novidade de Overwatch 2 é uma nova formação para as equipes, que passam a ser compostas por cinco personagens. Com isso, um dos tanques é eliminado nos modos “Jogo Rápido com função” e “Competitivo”, os chamarizes do multiplayer.

A ideia de ter um único tanque é para tornar as partidas mais frenéticas e imprevisíveis, o que realmente acontece. No entanto, a impressão é que a dinâmica geral permanece a mesma do primeiro Overwatch, que se baseia em 6v6.
Como os objetivos ainda são os mesmos, posicionamento e estratégia não precisam ser diferentes para se adaptar à nova formação com um jogador a menos. O tanque apenas se torna mais valioso, o que atrai mais a cura dos suportes da equipe. Mas o que já era algo comum de acontecer no modo competitivo do título.
A parte curiosa é que os escudos não são tão decisivos nas partidas. A Blizzard fez várias mudanças pequenas nos heróis de tanque, que deram um potencial mais agressivo para eles, o que fez mais diferença para decidir as vitórias. A Orisa, por exemplo, está irreconhecível e muito poderosa na mão de quem já se adaptou com ela. A robô perdeu o escudo, mas está com vida melhorada, movimentação rápida e habilidades mais focadas em dano. E a nova Rainha Junker oferece escudos e ataques corpo a corpo que são capazes de causar um estrago.

Todos os modos e opções de partidas do beta já existiam no jogo antecessor, com exceção do Push. Ele funciona como uma Escolta, mas as duas equipes “empurram” um robô ao mesmo tempo. Aquela que levá-lo mais longe, vence.
A rotação dos mapas inclui tanto antigos quanto novos. Alguns clássicos que apareceram foram Junkertown, Nepal, Oasis, Dorado, Hollywood e King’s Row. Mas todos estão idênticos. Já os inéditos que deram as caras foram: Colosseo, de Escolta e com ares da Roma antiga; Nova Queen Street, também de Escolta e ambientado no Canadá; e Midtown, híbrido e inspirado em Nova York.
Quase todos os heróis tiveram mudanças, que variam de detalhes pequenos, como aumento ou redução da barra de vida e escudo, a elementos mais significativos, como novas habilidades e suprema. Aqueles que mais tiveram mudanças que me chamaram a atenção foram dois DPS, Bastion e Sombra. Enquanto o primeiro agora pode andar enquanto está em formato de tanque a qualquer momento, a segunda teve o “cooldown” (tempo de espera para usar uma habilidade) do hackeamento cortado pela metade. Então já dá para ter uma ideia de como a dupla está causando o terror no PvP.
No entanto, vale lembrar que o game ainda está em beta. Portanto, os desenvolvedores seguem atentos a reações e feedback da comunidade para ajustar os heróis até o lançamento em outubro. Ou, pelo menos, é o que eu espero!

Em termos de visual, as aparências dos heróis são praticamente as mesmas, com pequenas atualizações em algum traço ou detalhe. A HUD também conta com mudanças leves, mas ainda são as mesmas informações e ícones na tela, apenas com uma repaginada aqui e ali.
As maiores mudanças de interface ficam para ícones adicionais no meio das partidas. Por exemplo, é possível marcar o local em que um inimigo foi avistado por alguns segundos. Também há diferenças únicas na interface de cada herói. Com o Zenyatta, por exemplo, os rostos dos personagens que receberam um orbe aparecem na parte inferior da tela.
Gratuidade será a chave?
Na prática, a sensação é que Overwatch 2 oferece basicamente a mesma experiência do antecessor. De forma geral, as mudanças são leves e acabam ficando apenas nos detalhes.
Além disso, meu maior problema com o primeiro Overwatch é a fila de espera (os “queue times”) para encontrar partidas, que demoram mais de 20 minutos para DPS. Mas infelizmente isso não dá para ter uma ideia em um beta controlado.
Tudo isso me faz pensar que a gratuidade inédita do jogo será o maior atrativo no fim das contas, sendo algo que realmente tem potencial para reviver a franquia. Nem que seja apenas por um tempo de novo.
Overwatch 2 será lançado em acesso antecipado no dia 4 de outubro de forma gratuita para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Switch e PC.