A Cinemateca Brasileira está fechada há mais de 300 dias, em decorrência da falta de verba, pois há meses não recebe o repasse financeiro do governo. Assim, diversos nomes importantes do cinema mundial já se pronunciaram sobre a preocupação com um dos maiores acervos audiovisuais da América Latina. Dessa vez, o premiado diretor Martin Scorsese se posicionou sobre a situação.
Segundo coluna escrita pelo cineasta Walter Salles para a Folha de S.Paulo, Scorsese escreveu uma carta na qual expressa a sua "angustia e absoluta incredulidade" com a suspensão da verba para a Cinemateca durante a pandemia de COVID-19, o novo coronavírus.
Em sua declaração, o cineasta defende que artes "não são luxos", mas são necessidades e têm um papel muito importante para a história da humanidade.
A preservação das artes, especialmente de uma tão frágil quanto o cinema, é um trabalho difícil, mas essencial. Esta não é minha opinião. É um fato. Espero sinceramente que as autoridades federais do Brasil abandonem qualquer ideia de retirada do financiamento e façam o que precisa ser feito para proteger o acervo e a dedicada equipe da Cinemateca.
Scorsese é presidente da Film Foundation, uma instituição focada em restaurar títulos de diferentes países, como foi o caso dea produção Limite, do diretor brasileiro Mário Peixoto.
A Cinemateca Brasileira tem como objetivo preservar, restaurar, digitalizar e ajudar na distribuição de produções nacionais, mas enfrenta o problema sério de falta de verba.