Com visual charmoso e gameplay surpreendente, o jogo It Takes Two leva dois jogadores para um mundo que é, ao mesmo tempo, fantástico e extremamente familiar.
Em It Takes Two, os jogadores assumem o papel de Cody e May, um casal que está decidido a se divorciar. A filha deles, Rose, não quer que seus pais se separem e deseja que eles voltem a se entender.
Em uma virada do destino (com uma pitada de magia), a consciência do casal é transferida para dois bonequinhos feitos pela filha, obrigando-os a trabalharem juntos para conseguirem seus corpos de volta. Se a trama parece a de um filme de comédia romântica, é porque foi inspirada justamente nisso.
Em uma mesa redonda com outros veículos e jornalistas do mundo todo, Josef Fares, criador do Hazelight Studios e diretor de It Takes Two, revelou que quis fazer um jogo que fosse uma comédia romântica. Depois de Brothers: A Tale of Two Sons e A Way Out, o diretor decidiu que era hora de tentar um novo gênero:
Comédia romântica não foi muito explorada em jogos, e no Hazelight [Studios] a gente gosta de testar coisas diferentes que não foram feitas antes.
Inspirando-se em inúmeros filmes do gênero e também nas animações da Pixar tanto no tom da narrativa quanto no visual, It Takes Two leva os jogadores por uma jornada de redescoberta do amor, guiada por um livro falante muito chato, mas que tem seu charme. Pouco a pouco, vamos entendendo a dinâmica do casal de protagonistas e encontrando pistas do que os afastou, além de enxergar diversas situações fáceis de se identificar.
Jogamos cerca de dois capítulos do começo do game, resultando em mais ou menos três horas de gameplay variado e cheio de surpresas.
O game realmente brilha ao incorporar elementos da vida cotidiana em uma nova escala, apresentando-os como desafios ou até mesmo chefões — um velho aspirador quebrado é um oponente formidável logo no comecinho da campanha. Fares contou que incorporar estes elementos ao gameplay foi uma das partes mais difíceis do desenvolvimento, mas o resultado vale a pena: mecânicas novas são apresentadas constantemente, tornando o jogo dinâmico.
As lutas contra chefes são bem frenéticas e incorporam elementos como desviar de projéteis ou evitar buracos no chão, obrigando os jogadores a pensar de forma diferente do convencional. Há sequências de ação engraçadas e exageradas, com explosões dignas de Hollywood.

Os diálogos são divertidos, utilizados para revelar aos poucos o relacionamento e também os desentendimentos do casal. Outros personagens que merecem destaque são os esquilos, que são muito menos fofos do que parecem.
Ainda que o teste tenha coberto apenas cerca de um quarto do jogo completo, encontramos alguns momentos emocionantes em It Takes Two, como uma série de fotos antigas da família. Fares ressaltou que este é um game sobre amor, e embora pareça estar misturado com uma grossa camada de comédia, é possível encontrar o sentimento nestes momentos que deixam o jogador com o coração quentinho.
A tela é dividida mesmo quando está jogando com um amigo online, o que ajuda muito na hora de resolver os quebra-cabeças propostos. Comunicação por voz é essencial, embora não tenha ficado claro se o jogo terá função de chat embutida nele mesmo ou se os jogadores terão que usar soluções externas para isso.
As primeiras impressões que tive de It Takes Two foram bastante positivas — dei boas gargalhadas tanto com a história do jogo quanto com as trapalhadas entre eu e meu parceiro de jogatina, fiquei emocionada ao ver as fotos de família e intrigada para saber como a dupla de protagonistas vai resolver tudo isso. Resta saber se a experiência completa conseguirá manter o ritmo das primeiras horas.
It Takes Two chega em 26 de março para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC (Origin e Steam).