Immortals: Fenyx Rising é um título totalmente inédito da Ubisoft, que chamou a atenção em seu anúncio na E3 2019 por mostrar um mundo aberto, de visual cartunesco, focado na mitologia grega.
Ficamos mais de um ano sem notícias sobre o jogo, mas agora tivemos a oportunidade de conversar com o diretor criativo Scott Phillips para finalmente entender o que vem por aí, além de jogar por mais de duas horas (confira o texto de impressões aqui)
O projeto é comandado pela equipe criativa de Assassin’s Creed Odyssey e nasceu justamente de um bug do game, em que vários ciclopes apareciam subitamente no navio do protagonista.
Isso fez com que os desenvolvedores tivessem a ideia de criar algo totalmente focado na mitologia grega, explorando criaturas, elementos e conceitos mais específicos. Só que a ideia não se encaixava com o mundo de Odyssey, o que os levou a começar outro jogo do zero.
Novo projeto, novas ideias
Um dos primeiros passos para distanciar Immortals: Fenyx Rising de Odyssey foi elaborar uma identidade visual que fugisse do aspecto realista e tivesse um caráter mais único.
A ideia do diretor de arte Jonathan Dumont, então, foi se inspirar no estilo e nas cores das animações japonesas do Studio Ghibli, responsável por filmes como O Castelo Animado (2004) e Meu Amigo Totoro (1988).
Mas a etapa mais desafiadora para Phillips foi testar inúmeros jogos de mundo aberto para entender o que precisava manter ou alterar no gênero para tornar Fenyx Rising uma experiência diferente das demais.
As ideias resultaram em um mundo aberto baseado em três pilares: exploração transversal, quebra-cabeças e (muito) combate com influência mitológica.
No entanto, algo ainda é comparável a Odyssey: a grandiosidade do mapa. Aqui, ele é dividido em quatro regiões extensas inspiradas em deuses gregos, que possuem muitas atividades e segredos a serem descobertos.
Muito do mundo do jogo é baseado em uma exploração transversal porque você gasta muito tempo descobrindo como avançar e alcançar certos lugares. Não dá para apenas sair explorando tudo desde o começo. É preciso progredir, ganhar mais stamina, encontrar novos itens — e isso é a chave da experiência.
Inspirações e mudanças finais
Odyssey não foi apenas o berço de Immortals: Fenyx Rising, mas também a principal fonte de inspiração para os elementos RPG, a customização e o layout do jogo.
Mas, ao contrário do que muitos jogadores acreditam, o título não foi inspirado em Zelda: Breath of the Wild, jogo da Nintendo lançado em 2017. Segundo o diretor criativo, as comparações surgiram por conta do visual cartunesco do game, mas que as mecânicas, na verdade, foram inspiradas por Ratchet & Clank e Super Mario Odyssey.
Por fim, Phillips detalha que o jogo está em desenvolvimento há cerca de dois anos. Desde o final de 2019, a equipe está fazendo testes e trabalhando em pequenos ajustes nas mecânicas, no visual e até na história.
Foi durante o período de teste que os diretores decidiram abandonar "Gods & Monsters" como o título do projeto e substituindo-o por Immortals: Fenyx Rising, que representa melhor o objetivo da trama: explorar a história da Fênix da mitologia grega e em como o jogador vai interagir com os deuses.
Immortals: Fenyx Rising será lançado em 3 de dezembro de 2020 para Xbox One, Xbox Series X, PlayStation 4, PlayStation 5, Google Stadia, Nintendo Switch e PC. Legendas e dublagem em português do Brasil estarão disponíveis desde o lançamento.