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Dexter: New Blood estreia trazendo o final que gostaríamos de ter visto na série original
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Dexter: New Blood estreia trazendo o final que gostaríamos de ter visto na série original

Minissérie traz de volta protagonista amargurado, porém mais maduro

Camila Sousa
Camila Sousa
10.nov.21 às 10h31
Atualizado há mais de 3 anos
Dexter: New Blood estreia trazendo o final que gostaríamos de ter visto na série original

Não é raro séries de TV se perderem no caminho, especialmente quando se estendem por várias temporadas. Isso aconteceu com Game of Thrones, Lost e também com Dexter, que fez muito sucesso em suas primeiras temporadas, mas não terminou de forma satisfatória.

Para dar uma redenção à história do serial killer mais querido da TV, foi lançado esta semana Dexter: New Blood, um revival com Michael C. Hall de volta ao papel principal. A ideia da produção, pensada como uma minissérie, é mostrar onde Dexter está vivendo e quem ele se tornou desde que o vimos em silêncio em sua última cena na série regular. Felizmente, o episódio de estreia da nova produção entregou o que os fãs esperavam: um homem amargurado, porém mais maduro.

[Cuidado, spoilers leves do primeiro episódio de Dexter: New Blood a partir daqui]

Seguindo os ensinamentos de seu pai, Harry Morgan, Dexter aprendeu a se misturar na pequena cidade de Iron Lake: ele tem uma casa, um emprego simples, namorada que trabalha na polícia e um novo nome: Jim Lindsay, homenagem ao criador dos livros da franquia. Em seus primeiros minutos, a série brinca com os instintos matadores de Dexter, sempre o colocando em situações de possível perigo, apenas para depois mostrar que ele é querido por todos da cidade - e não perdeu o hábito de levar rosquinhas para o local de trabalho.

Esse sentimento de normalidade traz uma nostalgia natural para quem acompanhou a série principal. É quase como se aquele fosse o mesmo Dexter de antes, um velho amigo, agora em um lugar mais frio, e com novas pessoas ao redor. Porém, Dexter: New Blood acerta ao mostrar que o protagonista está diferente e faz isso com cenas grandes e pequenas.

Atormentado pela lembrança da irmã, Dexter não é o mesmo de antes

O Dexter de Iron Lake deixou de ser um serial killer há muito tempo. Desde a morte de sua irmã, Debra (Jennifer Carpenter), ele não matou mais ninguém e isso é refletido em suas ações: ele parece mais vazio, mais conformado com a vida mediana que leva e tentando se reconectar com seu lado humano através dos animais. Afinal, sendo o predador que era, Dexter despertava os instintos das criaturas ao seu redor. Agora, no entanto, ele cuida delas de perto e fica feliz quando consegue tocá-las.

Michael C. Hall mostra o quanto entende o personagem ao entregar esse lado mais calejado de Dexter. Quando vê alguma injustiça, por exemplo, o personagem tem aquele brilho no olhar conhecido do público, mas todos os problemas de seu passado, especialmente a projeção da irmã morta, vêm à tona e colocam o Passageiro Sombrio para dormir.

Porém, para que exista uma história, é necessário um ponto de ruptura e isso acontece já no primeiro episódio, em uma cena que mistura brutalidade e delicadeza. Quando vê seu mundinho perfeito ser ameaçado por uma pessoa inconsequente, Dexter se entrega aos instintos e volta a ser quem era: um serial killer que mata aqueles que “merecem”.

Apesar de boa, a cena gera alguns questionamentos, em especial: por que agora? Se Dexter vive há 10 anos em Iron Lake, com certeza ele já se deparou com diversas pessoas más. O que há de diferente aqui? E a resposta é a chegada surpresa de Harrison (Jack Alcott), o único filho biológico que Dexter teve com Rita na série principal. Ainda sem maiores explicações, a chegada do garoto faz Dexter questionar tudo e todos - especialmente a si mesmo.

Dexter ao lado do filho, Harrison

Se na oitava temporada o protagonista achou melhor sair da vida de Harrison, aqui ele entende que essa não é a solução e acolhe o filho, da mesma forma que acolhe a volta do Passageiro Sombrio. Ainda que não goste do que vê, Dexter percebe que fugir de si mesmo é uma solução temporária - assim como fugir da responsabilidade de guiar o garoto.

Ainda é cedo para dizer se o revival será totalmente bom ou ruim, já que muitas coisas sobre este novo Dexter ainda precisam ser explicadas e exploradas. Porém, o primeiro episódio já deixou claro que equipe e elenco se dedicaram para criar um final melhor para Dexter Morgan, que merece um desfecho mais profundo do que apenas sumir no meio de um furacão.

Dexter: New Blood está disponível no Brasil pelo Paramount+, com novos episódios às segundas-feiras.

Relembre a origem do personagem com o livro Dexter: a mão esquerda de Deus de Jeff Lindsay, disponível no Magalu. Se comprar pelo nosso link, o Jovem Nerd pode ter comissão.

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