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Desencantada | Crítica
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Desencantada | Crítica

Sequência protagonizada por Amy Adams traz ainda mais números musicais e nostalgia para os fãs dos filmes da Disney

Mariana Rodrigues
Mariana Rodrigues
21.nov.22 às 16h45
Atualizado há mais de 1 ano
Desencantada | Crítica

Números musicais extravagantes, cenários e figurinos deslumbrantes e muita magia são alguns elementos que fazem de Desencantada uma obra que transmite a essência de produções da Disney. A sequência do sucesso dos anos 2000 traz uma história simples, que se sustenta na nostalgia e nas atuações do grande elenco.

O filme se passa alguns anos após o primeiro, quando Morgan (Gabriella Baldacchino) é uma adolescente e Giselle (Amy Adams) e Robert (Patrick Dempsey) tiveram um bebê. Porém, a rotina em Nova York está muito distante do “felizes para sempre” que Giselle imaginou, levando a família a se mudar para o subúrbio.

Mas o que parecia uma solução, torna-se um problema ainda maior quando um feitiço para conquistar o tão sonhado “conto de fadas” sai do controle, transformando a cidade de Monroeville em um vilarejo mágico que corre o risco de ser dominado por uma força maligna.

Diferente do primeiro filme, o romance deixa de ser prioridade no roteiro, que foca principalmente na relação familiar. Com Morgan adolescente, Giselle precisa aprender a lidar com o humor e novos hábitos da enteada, enquanto tenta se encaixar na cidade e não se deixar levar pela magia que a envolve.

Mesmo após 15 anos de Encantada, Adams prova que não se esqueceu de como Giselle era durante todo esse tempo. A essência da personagem se mantém, mas a performance da atriz está ainda mais impecável, ao mostrar a dualidade entre o “bem” e o “mal” que a assombra.

Definitivamente essa é uma versão um pouco mais desafiadora para a atriz que precisa viver, ao mesmo tempo, a mocinha e a vilã do filme. No entanto, não se torna um problema, pois ela entrega uma atuação excelente, principalmente nos momentos em que a “maldade” toma conta.

Mas Giselle está longe de ser o único destaque da trama. Dois novos nomes do elenco roubaram a cena em diversos momentos, a começar por Maya Rudolph, que vive a intimidadora Malvina, uma moradora de Monroeville que tem a cidade inteira nas mãos. A atriz proporciona cenas divertidas, mas principalmente excelentes números musicais.

Além disso, Gabriella Baldacchino também faz um ótimo trabalho como Morgan. A atriz chega substituindo Rachel Covey, que interpretou a personagem em Encantada, em uma mudança de elenco quase imperceptível. É como se Baldacchino tivesse nascido para interpretar a jovem, protagonizando momentos emocionantes e soltando a voz nas canções da trilha sonora.

Por falar em trilha sonora, como uma boa produção da Disney, Desencantada está repleta de músicas originais interpretadas pelo próprio elenco. Apesar de ter mais trechos cantados do que no primeiro filme, é difícil dizer se alguma faixa se tornará tão icônica quanto “Vai Saber Assim”. Isso não significa que as novas canções não são boas o suficiente, apenas que o sucesso do primeiro filme é difícil de ser alcançado.

Mas o grande destaque da trama é a grande dose de nostalgia que o filme traz, principalmente para os fãs da Disney. Em diversos momentos é possível reparar em referências às clássicas animações de contos de fadas, como utensílios domésticos que têm vida até uma madrasta cruel que destrói um lindo vestido de baile.

Essas cenas estavam presentes também em Encantada, como a maçã envenenada ou o sapatinho “de cristal” que Giselle deixa no baile. No entanto, em Desencantada elas são ainda mais recorrentes, despertando no espectador a emoção de identificar o máximo de referências possíveis. E é dessa nostalgia que o longa se sustenta durante as quase duas horas de filme.

O diretor Adam Shankman, conhecido por produções como Doze É Demais 2, Um Faz de Conta Que Acontece e Abracadabra 2, mostra novamente como conduzir uma obra que empolga toda a família, desde as crianças que não viram o original, até os jovens adultos que cresceram assistindo às inúmeras reprises de Encantada na televisão.

Os figurinos de época elaborados, com vestidos bufantes e brilhantes, os cenários que parecem sair diretamente de um livro infantil, com ogros e castelos, e todos os elementos mágicos transportam o público para dentro do universo Disney, que é complementado com as cenas em animação, trazendo de volta o estilo 2D praticamente esquecido pelo estúdio.

Para um filme que passou por refilmagens e alterações na trama antes do lançamento oficial, Desencantada parece entender muito bem quais eram as expectativas do público ao revisitar uma história de 15 anos atrás. O resultado é um filme “a cara da Disney”, com uma história simples, mas que se torna envolvente e divertido com a dose certa de magia.

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