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A Plague Tale: Requiem | Review
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A Plague Tale: Requiem | Review

Sequência traz à tona o fardo dos irmãos De Rune, com jogabilidade superior à do antecessor

Paloma Pinheiro
Paloma Pinheiro
17.out.22 às 15h00
Atualizado há cerca de 1 ano
A Plague Tale: Requiem | Review

Três anos após o lançamento de A Plague Tale: Innocence, os irmãos De Rune estão de volta em uma nova aventura cativante e desafiadora, desenvolvida pela Asobo Studio.

A Plague Tale: Requiem retoma a história de Amicia e Hugo após os eventos traumáticos em Innocence e se estabelece como uma sequência impactante, que supera o jogo anterior em muitos aspectos, incluindo narrativa e jogabilidade.

O fardo dos irmãos De Rune

Depois de perderem o próprio lar e várias pessoas queridas, Amicia e Hugo tentam retomar a vida ao lado da mãe, Beatrice, e de Lucas, o jovem alquimista que conheceram em Innocence. Mas, para azar dos De Rune, a calmaria dura pouco, levando os protagonistas ao caos novamente, logo no início do jogo. 

A narrativa de A Plague Tale: Requiem é consistente em focar nas consequências traumáticas vividas por Amicia e Hugo, um ponto que o primeiro título iniciou, mas não desenvolveu de forma eficiente.

a plague tale requiem

Em Requiem, finalmente conseguimos ver e sentir na pele as emoções de Amicia, uma jovem que se viu obrigada a matar centenas de pessoas com o intuito de proteger o próprio irmão. Nesse sentido, se comparado com seu antecessor, o jogo desenvolve com eficiência a história da personagem, que agora enfrenta um mal potencialmente maior que qualquer chefão anterior: a culpa e o peso de tantos assassinatos e perdas.

Contudo, Amicia não é a única a ter que lidar com as consequências de tanta tragédia. Hugo está mais maduro, apesar de ainda ser uma criança. A partir de certo momento, é possível perceber que ele também carrega um pouco de culpa, após toda a destruição e mortes que os ratos causaram. No mais, a relação dos dois irmãos atinge outro patamar. Se no jogo anterior o relacionamento era marcado pela falta de intimidade, em A Plague Tale: Requiem o elo entre os irmãos está cada vez mais inabalável. 

Novas mecânicas 

Dando continuidade à história cativante sobre o laço entre esses dois irmãos, a Asobo Studio priorizou a resolução de problemas anteriormente encontrados em A Plague Tale: Innocence. E isso se aplica tanto à narrativa, quanto à jogabilidade. A gameplay "travada" do jogo anterior, por exemplo, é corrigida. Já a furtividade continua a ser um ponto-chave da sequência durante a jornada dos irmãos De Rune, que agora buscam uma forma de curar a maldição de Hugo. Mas, em certos momentos, o título abre mão da furtividade e apresenta novas formas de combate por um bom motivo: desenvolver a narrativa e os personagens. 

a plague tale requiem habilidades

Por isso, em Requiem, a forma como o jogador enfrenta os desafios que vão aparecendo ao longo do jogo acaba influenciando as habilidades desenvolvidas por Amicia, que são classificadas em três tipos: Prudência, Agressividade e Oportunismo. Além disso, algumas mecânicas foram aprimoradas. Amicia agora também pode carregar uma besta, além de seu clássico estilingue e algumas limitações deixam de existir como, por exemplo, coletar pedras. De certa forma, as mecânicas são bem semelhantes às de Innocence, mas com uma inteligência artificial superior, o jogo traz uma experiência ainda mais satisfatória.

Uma sequência brilhante

hugo

A Plague Tale: Requiem é uma continuação digna à triste e cativante história dos irmãos De Rune. De fato, Requiem se apresenta como um presente e um agradecimento a todos aqueles que mergulharam na luta pela sobrevivência de Amicia e Hugo De Rune. Com uma narrativa ainda melhor desenvolvida que a de seu antecessor, a sequência corrige os erros de Innocence com originalidade, trazendo gráficos deslumbrantes para a nova geração de consoles e melhorias efetivas na jogabilidade.

O jogador que decidir embarcar nesta aventura pode esperar um verdadeiro mix de emoções, que inclui ótimos momentos sobre o amor entre dois irmãos, muita ação e hordas de ratos cada vez mais assustadoras e agoniantes. O final de Requiem pode causar opiniões controversas, mas, definitivamente, traz uma mensagem importante sobre o que nos motiva a viver e quais limites estamos dispostos a ultrapassar em prol de nossas sobrevivências - afinal, esta é uma pergunta que o título propõe desde o início dessa jornada.

A Plague Tale: Requiem está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S, PC, Nintendo Switch e Game Pass.

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