O documentário Stan Lee, do Disney+, recebeu uma importante crítica. Neal Kirby, filho do icônico quadrinista Jack Kirby, divulgou uma carta contra a produção, que, segundo ele, apresenta Lee recebendo créditos por criações que não são dele, enquanto minimiza o trabalho de seu pai.
A declaração foi divulgada, via Twitter, no último sábado (17). Confira abaixo!
Em resumo, segundo Neal, Stan Lee teve voz na mídia durante muito tempo e utilizou esse espaço para se tornar o rosto da Marvel. “Por muitos anos, ele foi o único homem creditado [pela criação de personagens importantes da Marvel], e - como foi abençoado com uma longa vida - o último homem também”, diz Kirby.
Ele também questiona o fato de Lee ser creditado como cocriador da maioria dos personagens da Marvel, no período de 1960 e 1966:
“Se você olhar para a lista e linha do tempo da Marvel, entre 1960 e 1966, período em que a maioria dos personagens da Marvel foi criada, você verá o nome de Stan Lee como cocriador de todos os personagens, com a exceção do Surfista Prateado — criado apenas pelo meu pai. Devemos assumir que Lee teve contribuição na criação de todos esses personagens? Nunca houve um cocriador que entrou no escritório de Lee e disse: ‘Stan, eu tenho uma baita ideia para um personagem.’”
Neal Kirby indica que Stan Lee teve décadas de publicidade, graças aos filmes da Marvel, enquanto seu pai não — e o documentário reforça isso:
“[...] a primeira vez que meu pai recebeu crédito por uma de suas criações no cinema foi no final de Homem de Ferro, em 2008, com seu nome aparecendo depois de Lee, Don Heck e Lassy Lieber. A batalha pelos direitos autorais existe na humanidade desde os tempos da Babilônia. É importante que, ao menos nesse capítulo específico da história da arte, acertemos os pontos com a realidade.”
Stan Lee foi roteirista e editor-chefe da Marvel Comics na década de 1960. O documentário sobre a história do quadrinista está disponível no Disney+.
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Fonte: NME