No último domingo (9), durante a Game XP, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, divulgou dados do 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais e aproveitou para anunciar uma política pública para o setor de games nacional (via F5).
De acordo com as informações divulgadas, o faturamento mundial do setor, em 2017, foi de US$ 121,7 bilhões, três vezes mais que o de cinema e sete vezes mais que o da música. Existem 2,3 bilhões de jogadores no mundo, sendo que o Brasil é o terceiro em número de consumidores, com 66 milhões de jogadores.
O Brasil é o 13º maior produtor de games do mundo e o maior da América Latina. Em 2018 já foram 946 jogos, entre títulos de entretenimento e educativos, sendo que 43% deles são para dispositivos móveis.
Por conta destes números, que representam um grande potencial, segundo Leitão, o Ministério da Cultura pretende lançar uma política nacional para o setor, começando com um investimento de R$ 100 milhões para fomentar a indústria.
Este investimento deve ser voltado para produção de jogos, desenvolvimento de conteúdo em realidade virtual e realidade aumentada, lançamentos, festivais, infraestrutura e tecnologia e, finalmente, formação e capacitação.
Leitão ainda defende que esta nova política pode ser “uma alternativa criativa e atraente para aqueles entre 18 e 24 anos que se encontram desempregados”. Além disso, o projeto quer aumentar a diversidade:
Determinamos que 50% dos projetos premiados devem ser de mulheres, 25% devem ser de negros e indígenas, 50% devem ser de iniciantes e tem também o recorte regional. Então, 30% têm que ser do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Por jogos serem considerados produtos audiovisuais, o ministro explicou que o desenvolvimento da ação será realizado por um grupo de trabalho que foi criado no CSC (Conselho Superior de Cinema).