Michael B. Jordan não é um novato em Hollywood. Na frente das câmeras desde 1999, quando tinha só 12 anos, Jordan só sentiu o sabor do sucesso depois de vinte filmes e séries no seu currículo. Foi em Poder Sem Limites, do diretor Josh Trank, que ele começou uma ascensão sem fim para o estrelato. Desde então, ele protagonizou Fruitvale Station: A Última Parada, um filme de baixo orçamento que ganhou diversos prêmios e começou uma longa parceria de sucesso com o diretor Ryan Coogler — que culminaria no sucessos de Pantera Negra, onde Jordan interpreta o ambicioso vilão Killmonger, e Creed, o primeiro spin-off da saga de Rocky Balboa. Todos esses sucessos fizeram com que Jordan se tornasse um dos nomes mais requisitados de Hollywood.
Em Creed II, o oitavo filme da saga de Rocky Balboa, o ator faz sua primeira sequência — dessa vez, porém, sem Coogler ao seu lado. Quem assume o cargo dessa vez é Steven Caple Jr., amigo e recomendação pessoal do diretor para o cargo. A distância de Jordan e Coogler traz uma certa nostalgia ao ator, que não teme novas experiências: "Nós temos uma relação muito próxima, então sempre tem um sentimento nostálgico de trabalhar com ele", contou Jordan.
O NerdBunker visitou o set do filme na Filadélfia (veja aqui!) e conversou com Michael B. Jordan sobre como ele conheceu a franquia Rocky, como é se desvencilhar da parceria com Ryan Coogler e a vitalidade necessária para interpretar um mesmo personagem por anos e anos.
Confira a entrevista:
Quando foi a primeira vez que você viu um filme da série Rocky e como foi sua experiência?
Foi no Ensino Médio, com uns 15 ou 16 anos. Eu odiei [risos]. Brincadeira. Eu sempre achei uma história incrível de superação — representando aquele cara comum guiado pelo sonho americano. Mostrava que trabalho duro, paixão, dedicação e perseverança são elementos fundamentais. Eu sempre fui fã.
Você fez três grandes filmes com o Ryan Coogler e agora está continuando a jornada sem ele. Você sente falta dele por perto?
Nós temos uma relação muito próxima, então sempre tem um sentimento nostálgico de trabalhar com ele. Mas o Ryan conhece o Steven e recomendou ele para dirigir esse filme. Ele é a pessoa perfeita pra esse projeto e eu abracei isso. A minha química com o Steven é diferente, mas similar em muitas coisas. Nós nos entendemos e conseguimos comunicar bem o que precisamos.
Como foi a preparação para o filme agora que você tem que lidar mais com o emocional do personagem? E como é fazer sua primeira sequência?
Como essa é a primeira sequência eu faço, eu já conheço o personagem, então o trabalho duro foi feito no primeiro filme. Adonis já está ali e eu sei quem ele é. Agora é só construir em cima disso e ir além. O mais importante foi entender a história e o como o pai de Adonis influencia na temática desse filme.
Fisicamente também foi uma loucura, porque eu sabia que ia lutar com um cara muito maior que eu e não queria ficar pra trás [risos]. Eu me matei na academia pra ficar bem. E agora foi muito mais difícil porque eu tô mais velho, com 31, enquanto no primeiro eu tinha 26.
Eu estava gigantesco no Pantera Negra e aí precisei emagrecer pra fazer um bombeiro em Fahrenheit 451. Depois disso, o processo de ficar em forma pro Creed foi bastante doloroso. É nessas horas que você descobre que seu corpo já não está mais respondendo do jeito que respondia antes. Posso dizer hoje que hoje estou mais musculoso do que nunca. É o melhor físico que já tive na vida.
Esse filme…. é sobre a luta ou a vingança?
Eu acho que é tudo isso. É a natureza humana do Adonis, que sente a animosidade ao enfrentar um cara como o Viktor [Drago]. E tem outros temas também, como maturidade, crescimento, amor, família, legado… Tudo isso é o que faz dos filmes do Creed tão especiais. Não é sobre só vencer um campeonato, ou só sobre querer vingança. É sobre tudo. É sobre a vida!
O Stallone está fazendo o Rocky há quarenta anos. Você pretende ficar como Creed até quando?
Eu vou continuar fazendo esses filmes enquanto eles forem bons. Mas quem sabe?
No novo filme, Adonis Creed continua sua carreira como boxeador rumo ao campeonato mundial. Ele segue a sombra do seu pai e precisará enfrentar o filho de Ivan Drago em uma grande luta. No meio de tudo isso, Adonis precisará lidar com sentimentos de perdão ou vingança pelo filho daquele que matou seu pai.
Creed II já está disponível nos cinemas brasileiros. Confira a nossa crítica!