Baseado no romance de Colleen Hoover, o filme É Assim Que Acaba vem dando o que falar desde a estreia nos cinemas, em agosto passado. Mas não apenas pelo sucesso nas telonas, que acabou ofuscado por uma confusão feia entre Blake Lively e Justin Baldoni, astros da produção.
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O que começou com uma aparente rusga entre os dois nas entrevistas de divulgação do longa escalou para os tribunais e envolveu até Ryan Reynolds e Deadpool &Wolverine (2024), num conflito que parece que não terminará tão cedo.
Abaixo, o NerdBunker traça uma cronologia dos principais acontecimentos da disputa:
1- É Assim Que Acaba é sucesso, mas algo está errado…
Incensado pelo sucesso de Colleen Hoover entre os jovens leitores, É Assim Que Acaba chegou aos cinemas do mundo todo em agosto de 2024, com uma bilheteria surpreendente até no Brasil, onde o longa desbancou o fenômeno Deadpool & Wolverine do topo dos mais vistos.
Se, à primeira vista, tudo parecia flores, a coisa começou a desandar já nas entrevistas de divulgação do longa.
De um lado, Blake Lively foi criticada por supostamente se aproveitar da campanha para divulgar a si própria e seus empreendimentos além do filme, o que foi visto por muitos fãs como uma atitude indelicada, visto que a trama trata de temas sérios como abuso e assédio sexual.
Do outro, Baldoni, de forma bastante direta, deu a entender que, mesmo atuando como diretor, coprotagonista e diretor do filme, não teve controle criativo sobre o corte final, que teria sido decidido por Lively.
2- De quem é o filme? (E um Ryan Reynolds entra na jogada)
No meio dos rumores, o Hollywood Reporter soltou uma reportagem especulando que, de fato, Blake Lively encomendou uma segunda versão do filme, que acabou se tornando a oficial. A montagem teria até sido realizada por um amigo de Lively e de Ryan Reynolds, esposo dela.
Reynolds é citado também como roteirista de uma das principais cenas do longa, tendo supostamente trabalhado no meio da Greve de Roteiristas de Hollywood, em 2023, e pelas costas de Justin Baldoni.
3- Baldoni é acusado de assédio
Em dezembro, Blake Lively torna o conflito mais sério ao registrar formalmente uma queixa contra Justin Baldoni. A atriz acusa o cineasta de comportamento impróprio nos bastidores do filme. O relato inclui supostas situações em que Baldoni teria mostrado imagens pornográficas a Lively pelo celular, além de comentários maldosos sobre o corpo da atriz (que havia acabado de virar mãe), e insinuações sexuais referentes a outros membros do elenco.
Lively afirmou ainda que Baldoni teria acrescentado cenas íntimas entre os dois ao longo das filmagens, contrariando o que estava previsto no roteiro original, inclusive supostamente tentando beijar a atriz fora das câmeras.

4- Campanha de ódio
Ainda em dezembro, uma longa reportagem do New York Times detalha a suposta estratégia de defesa de Justin Baldoni. Segundo o jornal, ainda durante a turnê de divulgação do filme, o cineasta teria contratado uma empresa de relações públicas com o propósito de minar Blake Lively diante da opinião pública.
Na esteira das revelações, Baldoni foi dispensado pela poderosa agência de talentos WME, e virou alvo de notas de repúdio da Sony Pictures, distribuidora de É Assim Que Acaba, e mais famosos, incluindo a própria Colleen Hoover.
5- A briga vai aos tribunais
Em janeiro de 2025, com todas as acusações nas costas, Justin Baldoni decide judicializar a questão e entra com processo judicial contra o New York Times, alegando difamação.
Do outro lado, Blake Lively também entra na justiça contra o ex-colega de cena, que contra-ataca o processo com uma ação contra própria Lively e Ryan Reynolds, o que gerou um dos fatos mais curiosos de toda a história.
Isso porque, no processo, Baldoni cita que o “Nicepool”, personagem falso certinho criado por Reynolds para Deadpool & Wolverine, seria um ataque direto ao cineasta.
Como estratégia de defesa, Baldoni também divulgou um vídeo de sete minutos mostrando parte da relação entre ele e Lively no set do filme, que, ao menos no período retrtado, seria cordial e profissional.
6- E agora?
Até a publicação desta matéria, o caso deve ir aos tribunais em março de 2026, caso nenhuma das partes recue das ações judiciais.
Não é exagero dizer que, a essa altura, toda a polêmica ao redor do filme superou até mesmo as reações iniciais ao longa, que foi pensado como o primeiro de uma franquia, que dificilmente sairá do papel. E é assim que acabou…
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Fontes: THR / Deadline / New York Times