Depois de um desentendimento entre a NBCUniversal e a AMC Theaters sobre o lançamento de filmes em VOD (relembre aqui), as duas empresas entraram em acordo na última semana para diminuir a janela de exibição de títulos em salas de cinema.
Antes, um filme que entrava em cartaz, demorava 90 dias para poder ser exibido de maneira digital; agora, a AMC poderá lançar os filmes do estúdio em sua própria plataforma de filmes sob demanda apenas 17 dias depois do lançamento nos cinemas.
Entretanto, a negociação entre as duas gigantes do entretenimento não parece ter agradado a todos. Segundo informações do Deadline, o CEO da Cinemark, Mark Zoradi, afirmou que a medida não será implementada pela rede de cinemas.
Para Zoradi, as produções podem ser prejudicadas caso elas rapidamente passem a ser exibidas de maneira digital, seja por streaming ou por VOD – sigla para video on demand, ou vídeo por demanda, em tradução livre. "Uma janela de exibição mais agressiva e encurtada pode ter um impacto adverso na vida de um filme", afirmou o executivo ao falar sobre a importância que ele acredita existir na chamada "janela de exclusividade dos cinemas".
Segundo o CEO, até agora não há certeza sobre acordos entre os outros grandes estúdios de Hollywood para replicar o modelo adotado pela Universal e AMC, mas ele explicou que a conversa sobre o assunto já acontece há um bom tempo. "Não houve novas discussões agressivas que se caracterizem como contínuas e não diferentes."
As conversas sobre mudar os lançamentos de filmes para os digitais têm aparecido cada vez mais, principalmente com a pandemia de COVID-19, o novo coronavírus, pois as salas de cinemas foram obrigadas a fecharem as suas portas.