Nossas amadas franquias de cinema estão mais tristes. Christopher Lee morreu no último domingo aos 93 anos.
A informação só foi revelada agora porque sua esposa queria informar à família primeiro. Ele estava internado por conta de problemas respiratórios e falhas no coração.
Sir Christopher Lee — ele recebeu a honra do título em 2009 — era um veterano ator britânico, que ficou conhecido por interpretar Drácula em vários filmes nos anos 60, mas tornou-se ainda mais querido quando fez Saruman em "O Senhor dos Anéis".
A morte de seu personagem, que ficou de fora da versão dos cinemas, foi inclusive uma homenagem ao seu tempo como o Conde vampiro — o mago era empalado ao cair de sua torre em Isengard.
Ele leu "A Sociedade do Anel" em 1954 e ficou esperando ansiosamente pelos outros volumes, imaginando como seria incrível ver um filme deles um dia. Ele relia os volumes sempre que possível e foi o único ator da trilogia que chegou a conhecer Tolkien, no pub de Oxford que o escritor frequentava, "The Eagle and Child". Emocionado por estar cara a cara com o ídolo conseguiu dizer apenas "Como vai?".
Assim como aconteceu Ian McKellen, é quase impossível separar a imagem do vilão dos filmes da que criamos quando lemos os livros. E ele acabou integrando o elenco sem perceber. Encontrou com Peter Jackson em Londres quando o diretor pediu para que ele lê-se uma cena entre Gandalf e Frodo, isso depois de ter enviado uma foto dele mesmo vestido como Gandalf. Lee achou que era apenas um teste para ter uma ideia geral das futuras filmagens. Para nossa sorte, ele acabou entrando para o elenco.
Ele integrou outra franquia querida quando em 2002 fez "Star Wars - O Ataque dos Clones", como o Conde Dooku. Repetindo o papel no terceiro episódio e nas dublagens de animações e vídeo games.
Além desses papéis mais famosos, ele também já foi Sherlock Holmes e vilão do 007. Curiosamente, durante a Segunda Guerra Mundial ele foi designado para um cargo na inteligência britânica.
Quando escolheu fazer "007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro" foi obrigado a recusar um papel em "Halloween", o que acabou sendo um arrependimento junto com a recusa em participar de "Apertem os Cintos o Piloto Sumiu".
Nos anos 2000 iniciou uma parceria com Tim Burton, fazendo parte de "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça", "A Noiva Cadáver", "A Fantástica Fábrica de Chocolate", "Alice no País das Maravilhas" e "Sombras da Noite".
Outra paixão de Christopher era a música. Em 2010 ele lançou um álbum de heavy metal, o "Charlemagne: By the Sword and the Cross". Ele acabou recebendo o prêmio de "espírito do metal" na cerimônia "Metal Hammer Golden Gods" pelo seu segundo álbum "Charlemagne: Omens of Death" e o single "Jingle Hell" entrou no top 100 da Billboard em 22º lugar. Em 2014 gravou uma versão metal de "My Way", do Frank Sinatra.
A harya alassë samassë Mandosto, Sir Christopher!