Em 2001, quando Bridget Jones surgiu nas telas dos cinemas pela primeira vez, ninguém imaginaria o quanto uma mulher de 30 anos poderia revolucionar o futuro das comédias românticas. Quase 25 anos após sua estreia, é um tanto quanto brilhante observar o quão relevante a personagem ainda é para o gênero, e como Bridget Jones: Louca Pelo Garoto garante seu espaço no mesmo hall que o filme original.
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Apesar de manter a essência, agora encontramos uma Bridget (Renée Zellweger) muito mais madura e consciente de suas vontades e necessidades. Ela é uma mulher de quarenta e poucos anos, viúva e mãe de dois filhos, que constantemente sentem saudades do pai, Mark Darcy (Colin Firth), que faleceu precocemente. Na busca por colocar a vida nos eixos novamente, Bridget resolve seguir o conselho dos amigos e se aventurar pelos aplicativos de namoro, ainda que seja apenas uma brincadeira para ela.
Ao se jogar na possibilidade de um novo amor – que chega na forma dos carismáticos Roxter (Leo Woodall) e Mr. Wallaker (Chiwetel Ejiofor) –, a protagonista se permite, pela primeira vez após a morte do amado, sentir a própria liberdade. Apesar da dor, Bridget se arrisca para novas possibilidades e para finalmente se abrir novamente ao mundo, o que é trabalhado com extrema sensibilidade tanto pelo roteiro leve quanto pela carismática atuação de Zellweger.
E por falar na protagonista, é de se admirar o quanto a atriz cresceu e trouxe toda essa maturidade também para a atuação que, mesmo após 15 anos, continua demonstrando o mesmo entusiasmo e personalidade da estreia. E é graças a isso que, nas cenas mais emotivas, Zellweger consegue fazer com que inúmeras lágrimas sejam derramadas pelo público, ainda que sejam em momentos divertidos.
Outro ponto que vale ser citado é a forma como a direção de Michael Morris, e o roteiro de Helen Fielding, Dan Mazer e Abi Morgan, fazem com que, apesar de Bridget Jones: Louca Pelo Garoto ser um filme sobre o luto e a forma de se lidar com ele, em nenhum momento a personagem sucumbe a ele. É o entendimento da morte, e das consequências de se seguir em frente, que fazem a vida continuar.
É com essa abordagem tão singela que Bridget Jones: Louca Pelo Garoto chega com potencial de se transformar em um clássico das comédias românticas, não apenas pelo romance em si – que é extremamente divertido e doce –, mas pela forma de amadurecer sua protagonista e fazê-la viver. Assim como o próprio pai de Bridget (Jim Brodbent) faz questão de citar: "sobreviver não basta, você tem que viver". E essa é uma frase do Harry Styles, como ele faz questão de frisar.
Bridget Jones: Louca Pelo Garoto está em cartaz nos cinemas brasileiros.
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