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Assistimos a Horas de Desespero
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Assistimos a Horas de Desespero

Perdido no meio do confronto, Jack precisa buscar um refúgio seguro para proteger a família

Andreia Duboc Pazos
Andreia Duboc Pazos
07.out.15 às 12h00
Atualizado há mais de 9 anos
Assistimos a Horas de Desespero

Horas de Desespero conta a história de Jack Dwyer (Owen Wilson), um engenheiro que aceitou um emprego em um país da Ásia por falta de opção e que se muda para lá com a esposa e as duas filhas pequenas.

Ele logo se depara com o choque cultural e as barreiras linguísticas do novo lar, mas se esforça para ver o lado positivo da situação. Porém, uma guerra civil impede que ele sequer comece a exercer a função na empresa. Perdido no meio do confronto, Jack precisa buscar um refúgio seguro para proteger a família.

Apesar de longa tem uma premissa meio boba de herói americano tentando salvar o que mais ama, o ponto no qual ele mais escorrega são nos exageros constantes apenas para deixar as cenas de tensão ainda mais impactantes. O resultado não é exatamente o esperado.

Logo no começo do filme, Jack sai para tentar achar algum jornal em inglês no mercado local e se vê encurralado entre polícia e rebeldes. No desespero para fugir e reencontrar a esposa e as filhas, ele perde o mapa que usava. Com muita dificuldade, ele chega no hotel bem a tempo de encontrar uma multidão de protestantes que está matando os estrangeiros hospedados lá. Mesmo assim, ele consegue despistar os rebeldes e se reunir com a mulher e as filhas. No meio de tiros, gente morta, portas destruídas e muito sangue, os roteiristas acharam que seria apropriado colocar um momento emotivo para a família, no qual a filha mais nova perde o ursinho. Prioridades.

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Com a ajuda de um turista misterioso que se identifica apenas como Hammond (Pierce Brosnan), a família se encontra com outros estrangeiros em um refúgio e descobre que os forasteiros são alvo por conta de a companhia que Jack trabalha estar controlando a água do local e enfurecendo a população no processo.Claro que esse esconderijo não fica seguro por muito tempo e todas as pessoas que estão lá são massacradas. Exceto pelos protagonistas

Isso se repete inúmeras vezes ao longo de Horas de Desespero de uma maneira extremamente incômoda, visto que basicamente toda a situação está acontecendo apenas por causa dos pouquíssimos estrangeiros que sobraram: uma família com duas crianças pequenas.

A população local cai como moscas simplesmente para causar mais choque e aumentar a contagem de corpos, já que praticamente todos aqueles que são os reais alvos dos rebeldes parecem ter morrido nos minutos iniciais do filme.

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Além disso, o personagem de Pierce Brosnan é totalmente subutilizado e você sabe exatamente o que esperar dele no momento que ele aparece no longa.

Horas de Desespero tem um plot fraco e as tentativas de ir além no impacto usando clichés e criancinhas só acabam estragando o clima no lugar de intensificar a tensão.

Existem opções melhores para gerar medo e apreensão, inclusive do mesmo diretor (John Erick Dowdle) e do produtor (Drew Doodle), que são responsáveis por bons filmes de terror como Assim na Terra Como no Inferno, Quarentena e As fitas de Poughkeepsie. Este longa é apenas um péssimo exemplo do potencial da dupla.

Horas de Desespero estreia em 8 de outubro no Brasil.

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