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Deputados querem implementar tecnologia de reconhecimento facial em locais públicos
Ciência e Tecnologia

Deputados querem implementar tecnologia de reconhecimento facial em locais públicos

Bancada do PSL vai apresentar projeto de lei em fevereiro

Cesar Gaglioni
Cesar Gaglioni
16.jan.19 às 17h41
Atualizado há mais de 6 anos
Deputados querem implementar tecnologia de reconhecimento facial em locais públicos

Deputados e senadores federais da bancada do PSL, o Partido Social Liberal, vão apresentar, em fevereiro, um PL (Projeto de Lei) que prevê a implementação de tecnologia de reconhecimento facial em locais públicos, como uma forma de auxiliar forças de segurança pública na captura de suspeitos ou criminosos foragidos. A informação é do UOL.

Caso o projeto seja aprovado, a tecnologia começaria a ser implementada nas principais capitais do Brasil, a começar pelo Rio de Janeiro. O sistema é composto de uma série de câmeras especiais que, aliado a um banco de dados, podem reconhecer os transeuntes de um local de grande movimentação. O custo estimado não foi divulgado por enquanto.

O projeto, que será apresentado pelo deputado Felício Laterça, tem o apoio de 20 parlamentares do PSL. Ele, ao lado de 12 deputados, partiram nessa terça-feira (15) para a China, visando uma negociação para a possível compra da tecnologia. "Os chineses estão muito à nossa frente na questão da segurança pública, e como representante do estado do Rio de Janeiro essa tecnologia toda muito me interessa", Laterça disse ao UOL.

Atualmente, a China tem cerca de 170 milhões de câmeras desse tipo instaladas em vias públicas. Conforme apontou o UOL, em 2017, um repórter da BBC decidiu testar o sistema no metrô de Pequim e foi abordado pela polícia local sete minutos depois. As autoridades chinesas afirmam que o sistema não só ajuda na solução de crimes, mas também é uma ferramenta necessária para impedir que eles aconteçam.

Apesar de ser apoiado por uma parcela razoável da população chinesa, que se sente mais segura, o sistema também tem muitos críticos, que apontam que as câmeras são uma forma de vigilância social constante e uma violação da privacidade dos indivíduos.

Renato Opice Blum, advogado especialista em direito digital, conversou com o UOL e apontou que a adoção de tecnologias de reconhecimento facial na segurança pública são inevitáveis, e que o essencial é encontrar uma forma segura de se administrar os dados dos cidadãos. Segundo a reportagem, a Lei de Proteção de Dados, aprovada no governo de Michel Temer, é adequada na preservação da privacidade dos indivíduos em um cenário onde a lei foi aprovada.

Caso o PL seja aprovado na Câmara dos Deputados, ele é encaminhado ao Senado e, posteriormente, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

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