Por mais que sejam muito populares no mundo todo, mangá e anime (e suas diferenças) podem gerar dúvidas em quem está começando a conhecer a cultura nerd.
Então desbravamos o Japão e explicamos por que é comum se deparar com uma mesma história nos dois formatos. Entenda!
Afinal, o que é um mangá?

O termo mangá surgiu no Japão a partir da junção entre os vocábulos 漫画 — 漫 (man), que significa improviso, e 画 (hua), que pode ser traduzido como imagem ou pintura. Portanto, etimologicamente, a palavra se refere a uma espécie de desenho improvisado.
No Ocidente, contudo, a palavra ganhou outro significado e é utilizada para se referir aos quadrinhos japoneses com o tradicional sentido de leitura da direita para a esquerda — diferente do formato ocidental, da esquerda para a direita. No Japão, por sua vez, a palavra é utilizada para se referir aos quadrinhos de maneira geral.
No país de origem, os mangás têm capítulos publicados semanal, mensal ou bimestralmente em revistas como a Weekly Shonen Jump. A partir do sucesso dessas obras, esses capítulos são compilados em volumes. No Brasil, é comum que as obras sejam comercializadas neste formato maior.
O mangá tem origens que datam dos séculos VIII e XI, porém, apenas em 1814 o termo surgiu de maneira mais oficial com o encadernado Hokusai Mangá do pintor Katsushika Hokusai. A definição foi consolidada no Japão pós-Segunda Guerra com as obras do lendário mangaká Osamu Tezuka (Astro Boy).
Desde então, os mangás se disseminaram mundialmente. As primeiras histórias japonesas a chegarem ao Brasil datam do final da década de 80. Na década de 1990, com a popularização dos animes na programação televisiva nacional e da cultura japonesa de maneira geral, um número maior de obras passou a ser publicada no país.
Importante ressaltar que mangá não é o mesmo que manhwa e o manhua, palavras que se referem aos quadrinhos com origens na Coreia do Sul e China, respectivamente.
O que é um anime?

Não há muito consenso sobre a origem do termo anime. Alguns especulam ser fruto do inglês animation (animação em tradução livre), enquanto outros defendem que possa ter surgido a partir do francês animée (animado em tradução livre).
Seja como for, a palavra designa o desenho animado produzido no Japão, que pode adotar os formatos de filme ou série. Nesse segundo caso, o anime, em média, conta com um número maior de episódios e capítulos de curta duração. No país asiático, o termo define todos os tipos de animação, independente da nacionalidade.
Assim como com os mangás, os animes se popularizaram no Brasil a partir da década de 1980. Produções como Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Pokémon, Digimon, entre outras, marcaram época na televisão brasileira, adaptando histórias já publicadas em formato de mangá.
Diferença entre mangá e anime

Em resumo, mangá e anime são conhecidos como representações culturais japonesas no Ocidente, enquanto no Japão possuem significados mais amplos.
O mangá é o termo utilizado para se referir as histórias em quadrinhos do país asiático, enquanto os animes fazem menção às animações de origem japonesa.
É comum que um anime adapte uma história de um mangá e vice-versa. São os casos de obras recentes de sucessos como Demon Slayer, Jujutsu Kaisen, Chainsaw Man, entre tantos outros.
Produções como Your Name e Cowboy Bebop, no sentido contrário, são animes adaptados para os mangás após os seus respectivos lançamentos.
Contudo, é importante explicar que não há uma regra que defina que um formato depende do outro. Isso ocorre com mais frequência porque tais obras escritas ou audiovisuais já tiveram uma recepção e têm mais chance de serem bem recebidas pelo público.
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