Desenvolvido pelo estúdio brasileiro Studio Pixel Punk, Unsighted é um metroidvania que tem um objetivo principal: entregar um mundo inteiro nas mãos do jogador para fazer dele seu próprio playground.
Para entender melhor como o jogo coloca essa ideia em prática, tivemos a oportunidade de conversar com as desenvolvedoras Tiani Pixel e Fernanda Dias, que foram responsáveis pela criação do projeto.
Androides com tempo limitado
Inspirado em obras como Matrix, She-Ra e Steven Universo, Unsighted se passa nas ruínas de uma sociedade outrora muito avançada, mas que agora é território de guerra entre humanos e androides.
Neste universo, os robôs ganharam consciência com a queda de um meteoro misterioso, feito de uma energia poderosa. Pouco depois, os humanos decidiram tomar o meteoro para si, fazendo com que os androides regredissem a um estado sem lucidez e se voltassem uns contra os outros.
Neste cenário, a protagonista é Alma, uma androide que está entre os poucos que permanecem vivos, mas que contam com um tempo limitado de vida. Motivada pelos mistérios de uma amnésia, ela então decide restaurar a ordem. Ou, pelo menos, tentar.

Um dos elementos cruciais da história e do gameplay é o tempo e, segundo o estúdio, essa ideia já é refletida no título. Isso porque o jogo conta com um relógio interno, e o tempo de Alma e dos NPCs está passando. Se chegar a zero, eles perdem a consciência e saem vagando de forma agressiva e sem rumo — para “nunca mais serem vistos”, uma tradução da palavra “unsighted”.
Com a mecânica de tempo como base, Unsighted é inspirado em estruturas de franquias como Zelda e Castlevania, mas que quer oferecer mais liberdade ao jogador, deixando-o livre para “brincar, esticar e experimentar com a fórmula [do jogo]”. E, curiosamente, o título também conversa com essa ideia.
“O mundo do jogo, inicialmente, é totalmente desconhecido, ou seja, ‘não é visto’ pelo jogador. E demora muito para que todos os segredos, rotas e formas de interagir com o mapa sejam desvendados. Então, chamá-lo de ‘unsighted’ (algo ‘não visto’) é uma forma de provocação a quem for jogar para que tente explorar e ver o máximo possível.”
Graças ao DNA dos metroidvanias, Unsighted conta com um mapa de áreas interligadas, mas que tenta se afastar da fórmula de “chave e fechadura”, que apresenta apenas uma maneira de avançar no jogo. A ideia é oferecer possibilidades ao jogador, que encontrará mais de uma solução para progredir e poderá escolher a que preferir.

Essa liberdade na exploração também gera escolhas que precisam ser tomadas ao vagar pelo mundo, e muitas afetam a trama e até o final. Um exemplo é que, o tempo dos androides está acabando, mas existe uma maneira de estender a vida de alguém — e cabe ao jogador escolher quem, o que terá consequências depois.
Universo em replay
Apostando na ideia de possibilidades, o game também tem a intenção de incentivar as pessoas a jogarem mais de uma vez para descobrir todos os segredos, com a promessa de que a experiência será diferente a cada “Novo Jogo”.
Além disso, o título conta com dois modos extras, além da campanha: o Boss Rush, que coloca para enfrentar chefes em sequência; e o Dungeon Raid, que reorganiza as áreas do mapa com os itens em lugares diferentes. Existe ainda a opção de jogar tudo com um amigo, de forma cooperativa e local, adicionando mais diversão.
Há muito a ser explorado no mundo de Unsighted que, além de oferecer sistemas que dão liberdade, também oferece opções de acessibilidade e diferentes níveis de dificuldade — para que o jogador encontre a melhor maneira de se divertir neste universo.
Unsighted está disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.