Nesta semana, Neil Gaiman, autor de Sandman e Deuses Americanos, participou de uma live promovida pela CCXP e Editora Intrínseca.
Uma das perguntas, feita pelo ator e comediante Fernando Caruso, abordou alguns ataques que o escritor recebeu pela adaptação de Sandman na Netflix ter diversidade. Ele questionou se as críticas sobre a presença de personagens LGBT e negros, que já estavam presentes desde os quadrinhos, era um fenômeno que só aconteceu no Brasil ou se o autor viu isso também em outras partes do mundo.
Gaiman então respondeu:
“No Twitter, parece ser especificamente um fenômeno brasileiro falando disso. Além dali, eu não tenho visto essa sensação de pessoas tentando ser mais espertas que Sandman, quando elas claramente nem leram Sandman. Essa foi a coisa mais estranha sobre isso. ‘Ah, sim, nós lemos que você vai modernizar Sandman, então vai ser esse Sandman moderno, com gays, lésbicas, pessoas trans e talvez pessoas negras’. Sim, isso é Sandman. É o mesmo Sandman de 33 anos atrás, então tudo que isso me diz é que você nunca leu Sandman. Então, essa idiotice em particular, esse sentimento de que você sendo trollado por pessoas estúpidas que não fazem ideia do que elas estão trollando, é algo especificamente brasileiro."
Confira a entrevista completa com Neil Gaiman neste link.
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A HQ de Sandman começou a ser publicada em 1988 pela DC/Vertigo, e a trama gira em torno de Morfeu, o senhor do Sonhar, a manifestação antropomórfica dos sonhos. A história mostra também os irmãos dele, os Perpétuos: Destino, Morte, Destruição, Desespero, Desejo e Delírio.
A série de Sandman terá onze episódios, mas ainda não tem previsão de estreia.