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Demorou (apenas) 83 anos, mas o príncipe submarino Namor finalmente fará a primeira aparição em live-action como antagonista de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre. O longa da Marvel tem o mexicano Tenoch Huerta no papel do anti-herói e, a julgar pelos teasers, a espera valeu a pena, porque o personagem dará muito trabalho aos protagonistas e pode ser um dos grandes nomes do MCU para o futuro.
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Para você chegar na sala de cinema impressionando as amizades, e dar aquela carteirada de conhecedor do personagem, preparamos um dossiê com todas as aventuras e curiosidades do herói aquático. Confira abaixo:
Começando do começo
A primeira aparição do Namor nos quadrinhos foi em 1939, como personagem do almanaque Marvel Comics (isso mesmo). O curioso é que a revistinha era editada pelo que viria a ser a Marvel que conhecemos até hoje, ainda com o nome Timely Comics.
Namor em diferentes décadasO personagem é contemporâneo do Superman, Batman, Capitão América, Flash e outros heróis da Era de Ouro dos Quadrinhos, ali pelos anos 1940. Ele precede em boas décadas astros da Marvel como Homem-Aranha, Quarteto Fantástico e os X-Men. Imagine se o homem fosse real e, estressado do jeito que é, descobrisse que só chegou ao cinema BEM depois de todos os citados…
O quadrinho próprio, Sub-Mariner, veio em 1941. Desde o início, o herói mantém o visual clássico da sunga verde, asinhas nos calcanhares, sobrancelhas e orelhas pontudas e um belo topete (apesar de pertencer à tropa calva em certas representações).
Quem é Namor? De onde vem e como se alimenta?
Quando se trata de quadrinhos, sabemos que histórias de origem podem variar das formas mais estapafúrdias. A versão mais aceita do Namor é como fruto do romance entre uma nobre do império submarino de Atlântida e um capitão marítimo humano. Pode-se dizer até que o anti-herói é um dos primeiros mutantes dos quadrinhos, já que as alterações no próprio DNA são o que possibilita seus poderes especiais. E sim, sabemos que você pensou que essa história é MUITO parecida com um outro personagem aquático de uma editora rival.
Asas nos calcanhares permitem que o personagem voeNamor consegue respirar tanto embaixo d’água quanto na superfície. As asas no calcanhares permitem que o personagem voe, além de ter super força, durabilidade, agilidade e todo padrão de fábrica da maioria dos heróis.
Nas primeiras aparições, o príncipe já assumia papel de antagonista, causando caos e destruição por seu ódio contra os humanos e a defesa a qualquer custo de seu reino submarino. Era muito comum que o personagem batesse de frente com o Tocha Humana (uma versão anterior à que ficou famosa no Quarteto Fantástico). Fogo e água colidindo…
A versão mais popular do personagem veio nos anos 1960, quando a Marvel já era uma potência editorial com Stan Lee, Steve Ditko, Jack Kirby e mais nomes no pico da inspiração. Ele apareceu como um errante desmemoriado nas revistas do grupo e, com a ajuda de Johnny Storm (agora sim o Tocha que todos conhecemos), buscava recuperar sua memória e seu reino.
Caiu na rede, é peixe...Mas não se engane, porque a sementinha do mal ainda crescia no coração aquático de Namor. A partir daí, o príncipe caminhou a linha tênue entre anti-herói e vilão, se unindo a forças como Magneto e o Doutor Destino, se fosse de serventia à sua causa.
Namor no Brasil
O personagem não demorou a nadar nas águas brasileiras. Ele era uma das estrelas dos almanaques Gibi Mensal, publicados pela editora Globo. A primeira aparição do personagem veio no número 142, em abril de 1940, e seguiu em publicação ao longo dos anos 1950 e 1960.
Aproveitando a onda de popularidade com o reboot nos quadrinhos do Quarteto Fantástico, Namor ganhou nova casa editorial no país em 1967, dividindo o título Dois Super-Heróis: Príncipe Submarino e O Incrível Hulk com o monstro verde, pela EBAL.
O primeiro título solo veio em novembro de 1972, com o Príncipe Submarino, da editora Gea, sucedido por Namor, publicado pela Bloch a partir de 1975. Haja história…
Se você nos permite um “momento Nerd absurdo”, os pais ou avós da maioria de vocês devem lembrar que Namor era um dos destaques da sessão animada Clube Marvel, exibida nos anos 1960 e 1970 pela TV Tupi. O anti-herói tinha até música-tema própria, que dizia:
“Ele é o rei dos mares. Meio peixe, meio homem. Também domina os ares. Nobre submarino! Real Namor! Dos mares é o Senhor!”
Só não peça que a gente cante. Por favor…
Namor já foi citado no MCU? E qual o caminho do personagem após Wakanda Para Sempre?
Embora o personagem não tenha sido antecipado em nenhuma cena pós-créditos, como tornou-se costume na Marvel, uma cena de Vingadores: Ultimato (2019) pode ter aberto a porteira para a chegada do homem às telonas.
A sequência é situada após os cinco anos do Blip e traz Natasha (Scarlett Johansson) liderando uma reunião de Vingadores para discutir o estado do mundo. É então que Okoye (Danai Gurira) cita atividades incomuns nas profundezas dos mares pertinho de Wakanda. A princípio, a guerreira aparenta não se preocupar com a ameaça, mas vai que o aviso estava dado desde ali…
Primeira referência ao Namor em Ultimato?Em Wakanda Para Sempre, o personagem é vendido como o principal antagonista da trama, beirando a vilania. Em todos os trailers e peças promocionais, ele aparece em combate contra as tropas da nação africana, e até inunda parte do país, causando muita dor de cabeça nos heróis.
Caso a Marvel decida mantê-lo na maldade por um tempo, uma possibilidade seria unir Namor ao Doutor Destino, abrindo caminho para que o vilão apareça antes de Quarteto Fantástico (2025) e de Vingadores: Guerras Secretas (2026).
Vale lembrar ainda que o final de Eternos (2021) deixou um Celestial gigante congelado em mármore bem em alto-mar… Será que o protetor dos mares deixaria uma coisa desse tamanho passar sem consequências?
Quem é Tenoch Huerta?
A responsabilidade de trazer o Namor para live-action ficou com o mexicano Tenoch Huerta. O astro de 41 anos se destacou em produções como Narcos: México, da Netflix, e Uma Noite de Crime: A Fronteira (2021).
Huerta com uma cabeleira gloriosa em NarcosA origem do personagem foi alterada para trazer mais elementos da cultura asteca e maia, ascendência dos povos latino-americanos.
O astro fez um discurso emocionado na San Diego Comic-Con deste ano, citando a importância de representar seu povo e a história do personagem no novo filme.
Agora, é hora de respirar fundo e preparar a pipoca para a estreia de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre. O filme chega aos cinemas de todo o país em 10 de novembro. Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Angela Bassett e Martin Freeman estão no elenco.
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