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One Piece Odyssey | Review
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One Piece Odyssey | Review

RPG de turnos aposta em aventura nostálgica dos Chapéus de Palha, mas entrega experiência mediana, com combate repetitivo e pouco desafiador

Paloma Pinheiro
Paloma Pinheiro
13.jan.23 às 10h29
Atualizado há cerca de 1 ano
One Piece Odyssey | Review

Ao longo de 25 anos, One Piece se tornou uma franquia de sucesso mundial. O universo criado por Eiichiro Oda começou nas páginas de mangá, mas logo conquistou espaço em outras mídias e inspirou novas produções. É o caso de One Piece Odyssey, novo RPG de turnos da franquia, desenvolvido pela ILCA.

O jogo aposta em uma aventura nostálgica dos Chapéus de Palha, mas acaba entregando uma experiência mediana, com combate repetitivo e pouco desafiador.

A jornada começa quando o bando é transportado para a misteriosa ilha de Waford. Durante o fenômeno, o navio Thousand Sunny sofre danos severos e os amigos acabam separados. O jogador assume o controle de Luffy para procurar seus companheiros e o icônico chapéu, perdido em meio à confusão. 

Uma aventura pelas memórias

O gameplay inicial apresenta a ilha e introduz os comandos básicos. Após reunir a tripulação, o jogador conhece o misterioso Adio e a introspectiva Lim, dois personagens importantes da aventura. Temendo os piratas desconhecidos, Lim usa sua habilidade para extrair algumas memórias dos Chapéus de Palha. Enfraquecidos e sem saber como usar seus poderes, Luffy, Zoro, Nami, Sanji, Robin, Usopp e Chopper partem em uma jornada para recuperar suas lembranças. E é aqui que, de fato, a aventura começa.

Bando do Chapéu de Palha parte em aventura para recuperar memórias

A narrativa leva a tripulação de volta a momentos marcantes vivenciados no mangá/anime, em arcos como Alabasta, Water 7, Marineford e Dressrosa. Mas nem tudo ocorre da mesma forma, pois o jogo tem uma história original, apenas inspirada no universo de Oda. Como fã de One Piece, é fácil estabelecer uma conexão com as recordações e personagens, algo que provavelmente não terá o mesmo efeito para os novatos na franquia.

Como o próprio nome indica, a jornada dos Chapéus de Palha é uma verdadeira odisseia e conta com uma vasta possibilidade de exploração, resolução de puzzles e missões secundárias disponíveis. Como não é um jogo de mundo aberto, a narrativa de One Piece Odyssey obedece uma ordem de acontecimentos e algumas áreas só podem ser exploradas após um determinado evento. As interações importantes para o progresso da campanha principal são sinalizadas, algo que facilita a progressão.

O título permite que o jogador escolha e troque de personagem jogável a qualquer momento, contanto que ele já esteja na tripulação. Assumir o papel de Luffy é interessante para coletar itens apenas se esticando, sem precisar sair do lugar (ser de borracha tem suas vantagens).

Desse modo, cada personagem jogável possui peculiaridades, que lembram suas características e personalidade na obra original de Eiichiro Oda. Ao controlar Nami, por exemplo, é mais fácil achar grandes quantias de Belly perdidas, enquanto Chopper pode passar por locais pequenos e apertados, que não poderiam ser acessados por outros membros da tripulação.

Combate repetitivo

No combate, membros da tripulação podem cair em áreas distintas. Zoro enfrenta Tashigi, enquanto Luffy encara Smoker

O combate ocorre em turnos e se desenrola com quatro personagens, que podem ser escolhidos pelo jogador. Os ataques variam em três tipos - Poder, Técnica e Velocidade - e cabe ao jogador decidir qual utilizar, de acordo com a fraqueza dos inimigos que está enfrentando. A movimentação também não é um problema conforme se avança no game. Um ponto interessante é que, em uma mesma luta, Luffy pode cair em uma área com apenas um inimigo, enquanto Usopp aparece cercado por três adversários, por exemplo. A princípio, o jogador precisa derrotar o inimigo de Luffy primeiro para então ajudar o narigudo. Com o avanço do gameplay, um recurso é liberado, permitindo uma movimentação diferente.

Embora pareça empolgante e promissor nas primeiras horas de gameplay, o combate acaba se tornando repetitivo com o passar do tempo, principalmente em razão do baixo nível de dificuldade. Em muitos momentos, duelos contra inimigos poderosos parecem não ter tanta diferença em relação a embates com adversários comuns. Apesar disso, os golpes especiais  dos Chapéus de Palha se destacam com uma ótima animação. Esses ataques são, na maior parte das vezes, semelhantes aos que os personagens desferem no mangá/anime, o que deixa as lutas mais divertidas para os fãs da franquia. 

O poder da amizade

Nostalgia, visual e trilha sonora são pontos fortes de One Piece Odyssey

Histórias com um forte valor emocional costumam marcar presença em jogos desenvolvidos no Japão e região. Em One Piece Odyssey não teria como ser diferente, afinal, a história de Monkey D. Luffy é uma aventura sobre amizade, companheirismo e liberdade.

Nesse sentido, o título aposta em uma aventura nostálgica por locais marcantes e traz de volta personagens amados. Ao final, o jogo entrega uma experiência mediana que falha, especialmente, no combate repetitivo, mas tem no visual e na trilha sonora de Motoi Sakuraba (Dark Souls, Tales of) seus pontos fortes.

One Piece Odyssey está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4,  Xbox One, Xbox Series X | S  e PC. Esta review foi feita com uma cópia digital cedida pela Bandai Namco.

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